Até que eu me divirto!

mas que deixei de acreditar, isso eu deixei!

4.30.2006

"efeito Mike Patton"

Isso mesmo!
Depois de "reencontrar" o ao vivo do Faith No More, rolou aqui um "back to the benger times".
E dá-lhe Pantera, Fear Factory, FnM, Metallica, Helmet...

Como é que eu consigo deixar esses discos tanto tempo entre a poeira?

4.29.2006

traços.

Minha camisa está passada, minha calça também, mas acabo de sair do banho e, ao olhar à minha volta, a única coisa que desejo é que tudo fora dos limites das paredes que me cercam vá de uma vez pelos ares.
Estou desistindo de sair, trocando o que já não seria um programa animado por uma noite de tevê, café e anti-ácido.
Como não me dei ao trabalho de atualizar isso hoje (desconsidere o post anterior), deixo aqui uma versão em quadrinhos feita pelo Doug (procure nos links no final da página por Na Munheca e vá conferir o trabalho do cara - estou com preguiça de por o hyperlink aqui) para um dos meus antigos textos, que aliás já esteve publicado aqui (também não vou linkar! tô com preguiça!).

Com vocês, Do que se esquece com o tempo, por Douglas Félix e JW:

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Minta sempre! O que você sente não deve ser, necessariamente, o que você alega sentir.

e sobre a oniciência?

Se você pudesse saber tudo o que se passa na mente de uma pessoa, quanto tempo seria necessário para que nada que essa outra fizesse fosse capaz de lhe surpreender?

Imagine-se dentro da mente de alguém por mais de duas décadas, ouvindo cada uma das dúvidas, cada uma das conclusões, cada um dos desejos, sentimentos... tudo! Você conheceria essa pessoa, não?

Talvez.

Mas... e se essa pessoa fosse você mesmo? Faria mesmo alguma diferença?

4.28.2006

"My life is falling to pieces..."

Sabe aquele disco que fica lá, escondidinho, guardado em algum lugar que você sequer se lembra onde (afinal, você nem mesmo se lembra que possui o tal disco), mas quando o encontra, e põe pra tocar, lhe faz sentir como se ainda tivesse 14, 15 anos de idade?
Você sai cantando pela sala, dando slaps no vento, ou tocando air guitar, ou imitando as caretas e contorcionismos daquele vocalista insano (o que lhe faz lembrar dos tempos do cabelo grande...), ou ainda tocando bateria imaginária, como se nada mais importasse a não ser cantar em alto e bom som aquele refrão que diz:

"Indecision clouds my vision
No one listens...
Because I'm somewhere in between
My love and my agony
You see, I'm somewhere in between
My life is falling to pieces
Somebody put me together!"




Ah, fala sério! Quem entre 20 e 30 anos nunca gostou de Faith No More?

4.27.2006

Considerações sobre The Cure - Parte III e final!

“Só mesmo você para ouvir The Cure ainda hoje.”
[Joubert]


Ao contrário do que pensa um certo amigo meu (sempre ele!), autor da afirmação acima, há muito mais pessoas ouvindo The Cure hoje em dia. Mesmo quando não se dão ao trabalho de ouvir o Cure original, seus playlists incluem bandas como Hot Hot Heat, Bloc Party, The Killers, The Bravery, A Perfect Circle, Dogs Die In Hot Cars, The Rapture e outros nomes contemporâneos, que nada fazem além de diluir influências de Cure com algumas outras. Cada qual com suas (poucas) particularidas, mas todas, em maior (The Rapture, Hot Hot Heat) ou menor (Bloc Party, The Killers) grau, sugando diferentes épocas e trilhando diferentes caminhos apresentados pela banda de Robert Smith.
É por isso que, “ainda hoje” (e cada vez mais), não apenas ouço, como também insisto na importância e na relevância do Cure para a música pop.

..........

Antes de seguir em frente, caso você ainda não tenha lido, recomendo uma visita aos dois tópicos anteriores citados abaixo:

  • ..........

    The Cure - Join The Dots: B-Sides & Rarities 1978-2001 - The Fiction Years

    Join The Dots (...) é o nome de uma caixa que, ao longo de quatro cds, expõe o lado mais obscuro (que, nesse caso, nada tem a ver com sombrio) da carreira do Cure, através de b-sides, out-takes e outras raridades da banda, desde sua formação (ainda como Easy Cure), até 2001, um ano após o lançamento de Bloodflowers.
    Para facilitar, apresentarei a caixa disco-a-disco, com pequenas observações e indicações de músicas mais relevantes.


    1º Disco - (1978 - 1987):
    Talvez o mais estranho entre os cds, justamente por compreender o período em que a banda surgiu, definiu sua identidade, mudou de idéia e se reinventou, em menos de dez anos, indo do resquício punk ao flerte Synth-Pop, e finalmente ao pop-ao-estilo-Cure, passando pelo chamado Gothic-Rock.
    Para se ter uma boa idéia desse trajeto, ouça na seqüência 10:15 Saturday Night (que saiu como b-side de Killing an Arab, em 1978), pule para Splintered In Her Head (de 81), depois para The Dream e termine essa turnê com The Exploding Boy. Mas não se assuste: é SIM a mesma banda!


    2º Disco - (1987 - 1992):
    Robert Smith não deve ser bom das idéias. Se for, então de que forma é possível explicar que Japanese Dream, dos belos versos “I'm going back to the land of the blind / Back to the land where the sun never shine”, tenha saído apenas como b-side de Why Can’t I Be You?
    E o disco, recheado de belas canções essencialmente pop, segue deixando sempre essa impressão de que Robert esteve durante todos esses anos, escondendo o jogo, renegando canções tão boas quanto as que divulgava.
    Audição obrigatória para muitas das faixas: Japanese Dream, Chain Of Flowers, Snow In Summer, How Beautiful You Are (Clearmountain 7'' Remix), To The Sky e as versões para The Dorrs em Hello I Love You - boa pra cacete! - e Hello I Love You (Psychedelic Version) - meia boca, mas curiosa.


    3º Disco - (1992 - 1996):
    Que Wish, de 92, é um grande disco, isso eu já falei por aqui antes. Também não há como não ser quando você tem músicas como Friday I'm in Love e A Letter To Elise disco, podendo se dar ao luxo de relegar This Twilight Garden à mero b-side do single de High.
    Outros bons momentos do disco 3 ficam por conta de Play e Big Hand, além dos covers para Hendrix(duas versões para Purple Haze) e David Bowie (Young Americans) e o tema do filme O Corvo, Burn.
    Trecho de This Twilight Garden: “I lift my eyes from watching you / to watch the star rise shine onto / your dreaming face and dreaming smile / you're dreaming worlds / for me”.


    4º Disco - (1996 - 2001):
    A verdade é que o quarto disco da caixa traz um Cure menos inspirado que os demais. Mas o que é o “Cure sem tanta inspiração”? Robert Smith é tão estranho que consegue conceber um álbum tão fraco quanto Wild Mood Swings , de 96, com pouquíssimos bons momentos, e, na mesma época, compor coisas tão belas quanto Wainting, ou ao menos bacaninhas como Pink Dream, ou Signal To Noise (com duas versões no disco, uma normal e outra acústica).
    O disco traz ainda World In My Eyes, cover de Depeche Mode, e More Than This, da trilha de Arquivo X.
    .........


    Enfim, consegui terminar essa não pretensiosa análise da discografia da banda, ainda que de forma superficial! :)

    199J

    As vezes penso que você nunca existiu. Que só eu lhe vi, só eu lhe ouvi, só eu lhe toquei... viagem das grandes, sabe? E uma viagem das antigas...
    Você simplesmente some. Raramente ouço sobre como estão as coisas pro seu lado, e é mais raro ainda as vezes em que lhe vejo. Na verdade, parece que somente você só aparece quando alguma coisa está mal para mim, o que deixa sempre aquela sensação de que você está me pegando pelo braço, me sacudindo e gritando algo como “olha, você já foi humano!”.
    Mesmo quando, como hoje, metida em sua jeans e camisa branca de sempre, você simplesmente passa do outro lado da rua, sem sequer olhar na minha direção, ainda é capaz de me fazer sorrir, não importa o quão impossível isso me pareça no momento.

    Acho que é isso o que lhe faz ser especial, mesmo após tanto tempo.

    Ou não. Vai ver é só viagem mesmo.

    .........




    "então, sem saber em quem me escorar, eu voltei a te chamar."

    4.26.2006

    mas...

    Você cresceu acreditando no que assistia na da tevê, no que via no cinema.
    Você cresceu acreditando em cada linha desses livros, malditos livros, ficções e poesias.
    Pensou que era verdade cada frase de seus discos, histórias de tantos Pauls, e Johns, e Jeffs (Tweedys ou Buckleys), e Morriseys, e Rivers, e Bobs (Smiths ou Dylans)... você, imbecil, se ouviu em melodias, viu sua vida, medíocre, registrada entre guitarras e vozes.

    Você cresceu acreditando em sorrisos, e, o pior: você sorriu acreditando que crescia.

    É, garoto... quando você vai aprender?
    ..........


    E a trilha dessa semana fica por conta de Winona, de Matthew Sweet:

    "I tried to call you but the line was busy
    Were you talking to a friend?
    And when I tried again much later
    I didn’t want to let it ring again

    So you can see I’ve got a problem
    Back by popular demand
    Sometimes I want to keep it from you
    Sometimes I think you’ll understand

    Could you be my little movie star
    Could you be my long lost girl
    It’s true that I don’t really know you
    But... I’m alone in the world

    When I think maybe I need you
    I don’t care if it’s not true
    ’cause it isn’t so much what I need now
    As what I want from you

    I feel alone...
    I feel alone...”




    Eu sou legal: baixe esse som aqui.
    .........

    Dormi das 6 da tarde de ontem às 9 e meia de hoje, e minha cabeça continua explodindo.
    Ainda bem que às quartas eu não tenho aula. Não ia querer nenhum professor me mandando embora pra casa um segundo dia seguido.
    .........


    Não acredite em supresas. Tudo é - e sempre é - mais previsível do que você possa imaginar.

    4.25.2006

    Sobre links e textos novos

    Ok! Eu disse que ia ficar longe disso aqui por um tempo, mas precisei voltar. Coisa rápida. Ainda mais rápida devido ao fato de ter sido expulso da sala de aula por um professor clone do Sidney Magal que, ao olhar pra minha cara, notou que essa não foi uma agradável-e-tranqüila-noite-de-sono, e disse que não daria aula para alguém tão pálido quanto eu, garantindo minha presença no diário, mas me mandando embora pra casa.
    ..........

    Dêem uma passada depois lá na capa do Scream & Yell, e olhem lá embaixo, no finalzinho. Tá rolando um link pra cá. :)

    Por falar em Scream & Yell, aliás, depois de um texto sobre o Placebo e outro sobre o Eskobar, ainda em maio deve pintar por lá uma entrevista que farei com o Anderson Raposo, atual vocalista do Jason, banda carioca de hardcore. Para quem não sabe, o Jason está mais uma vez na Europa, numa turnê que começou dia 17 de março em Berlin, na Alemanha, e termina dia 1º de maio, em Lübeck, também na Alemanha.

    Ao lado do baterista, Anderson volta ao Brasil no próximo dia 3 (Panço e o baixista continuam na Europa acompanhando a turnê dos Replicantes), curiosamente há quase um ano da penúltima apresentação da Razzia, sua banda anterior, num evento que ajudo a organizar, anualmente, ao lado de um bando de motociclistas doidões.

    Três anos mais velho que eu, estudamos na mesma escola em uma mesma época. Lá se vão bons dez anos. Apesar de nunca termos sido grandes amigos (somos amigos sim, mas não daquele tipo de “ó-ele-é-o-cara-mais-fodão-que-eu-conheço”. Sempre trocamos muita informação sobre bandas, entre revistas e cds, e na única vez em que ele esteve aqui em casa, além de ter gravado uma pá de álbuns em mp3, o cara levou meus cds do Neil Young e abandonou Pixies e Beatallica), é verdadeiro o sentimento de felicidade ao ver as coisas se encaminhando para aquele cara que, até pouco tempo, estava na mesma sessão de cinema que eu, ainda moleque, assistindo o longa dos Cavaleiros do Zodíaco.
    Não vou piscar, mamãe!
    [Agosto 2005 – Eu e Anderson]

    Essa vai ser a primeira entrevista, tanto para o entrevistado quanto para o entrevistador, a ser publicada num veículo maior (as experiências com Leoni, Rodrigo Curi e Letícia Colin ficaram, e ainda bem, restritas à faculdade). Que bom que vai ser com um conhecido, numa mesa de bar, ou numa praça qualquer.
    ..........

    Ah! Tá rolando um link pra cá também num tópico na Comunidade do Violins. Fiquei sabendo que teve até gente da banda lendo o texto. =)
    ..........

    Ainda não voltei a postar de vez. As idéias continuam embaralhadas. Mas devo voltar até sexta.
    Até mais ver!

    4.23.2006

    E a Parte III dos textos sobre The Cure?

  • Considerações sobre The Cure - Parte I
  • Considerações sobre The Cure - Parte II
  • Faz tempo que venho adiando a última parte dessa série de três posts sobre o Cure, que é o texto sobre a caixa Join The Dots: B-Sides & Rarities 1978-2001 - The Fiction Years. A verdade é que, depois de baixar toda a discografia - e um pouco mais -, e ouvir detalhadamente cada um dos discos, cada uma das músicas, até cheguei a rabiscar algumas linhas sobre Join (...), mas quis adiar o texto, quis ficar um bom tempo sem ouvir a banda do Senhor Smith. E fiquei.

    The Cure mexe comigo por ene razões. Por muitas vezes, desde quando comecei a realmente me interessar por música - 1997, 13 anos, magro, cabelo grande e inocente aos extremos - tem me servido de trilha sonora, para bons ou maus momentos. No vácuo existente entre Boys Don't Cry e Lovesong, Cure quase sempre foi mais do que música para entretenimento, estando presente e norteando momentos pelos quais eu passava (eu REALMENTE vivi Pictures Of You, ainda sem conhecer a música. Como explicar a supresa de um garoto, então com 15 anos, ou perceber que a letra daquela triste canção falava sobre tudo o que havia acontecido com ele na semana anterior?).

    É por isso que prefiro escrever sobre eles quando alguma coisa está acontecendo, quando há MOTIVOS para um soundtrack com as canções de Bob Smith, quando estou mergulhado em algum turbilhão de sentimentos que podem variar entre ansiedade e medo, passando por outros.

    Quer saber?
    É domingo, pouco mais que 10 da manhã. E depois de uma estranha noite de sábado, estou "sóbrio e bem, muito bem assim". Mas o turbilhão está novamente formado. Vai ver até amanhã eu escreva sobre The Fiction Years.



    [por enquanto substituo meu "momento Cure" por algumas músicas do A Perfect Circle...]


    4.20.2006

    "Isso sim é absurdo!"

    No Orkut:

    "cara. você também acha que o violins é a coisa mais impressionante que aconteceu na música brasileira nos últimos 10 anos? to começando a suspeitar disso."
    19/04/2006, 22hs 03

    "pois é. a cada dia que escuto fico mais impressionado. isso só cresce. mas acho que show no rio vai demorar. isso se rolar um dia. é uma pena."
    20/04/2006, 05hs 56.
    ..........

    Desastrosas experiências me ensinaram a sempre duvidar de qualquer comentário que encha a bola de quem quer que seja a tal ponto. Mas confesso: esse me fez pensar.
    Se tivesse sido feito por algum Joubert da vida, e eu não conhecesse a banda, riria. Caso fosse a respeito de alguma banda nova (mais precisamente surgida até, no máximo, sexta-feira passada), e o comentário fosse de autoria de algum desesperado jornalista paulista atribuidor de hypes, ignoraria. Mas não é nenhum dos casos.

    Grandes Infiéis, do Violins, foi, sem dúvida, o melhor cd nacional de 2005. Em todas as categorias. Não teve para Hermanos, Pato Fu ou quem quer que você possa lembrar agora, e isso é fato (preste atenção no negrito). Já os dois discos anteriores, não os conheço por completo, mas meus amigos que os conhecem dizem não ser tão bons. Mas sabe como é... amigos como o Joubert.

    Os comentários transcritos foram de autoria de Manoel Magalhães, membro e compositor de duas entre as 3, ou 5 bandas cariocas que mais gosto (A saber: Polar e Columbia. As outras três, sem posição definida, são: a)Alice; b)Outono; c)Olivia - a única "falecida" entre as citadas), e, não há dúvidas, ver um membro das bandas contemporâneas que você mais admira em âmbito estadual rendendo tributo a banda contemporânea que você mais admira em âmbito nacional, tem seu peso, faz pensar.
    Ok, eu posso não concordar com os "10 anos" (talvez até por não conhecer a fundo toda a discografia da banda), mas, com certeza, Violins é uma das coisas mais impressionantes surgidas na música brasileira nos últimos tempos.

    Beto Cupertino e seu texto único correm por fora de qualquer categorização que possa ser feita, e mostram que Goiás pode dar para o Brasil bem mais que leite, tomate, duplas sertanejas e um time de futebol. Uma pena que, aqui no Brasil, texto bom não receba seu devido reconhecimento. Mesmo quando tenta ser popular, é profundo demais para a massa de desinteressados. Ou você imagina realmente que um dia vai encontrar as pessoas num ônibus cantando coisas como Absurdo:

    Pois é, nada a ver
    Eu não consigo mais
    Entender quem aqui é você
    Entender quem aqui sou eu
    Mas há quem diga que somos um belo par...

    Difícil é entender como é que é normal
    Eu me apoiar em você
    Pra achar a vida legal
    E há quem diga que eu sou só um grande boçal

    Mas é em você que eu vou encostar
    Que eu já cansei de investigar e achar só um absurdo
    Ter que ficar mudo
    Quando alguém vem me criticar
    Que eu devo me livrar de você
    E enfrentar de vez o mundo
    Isso é absurdo...


    Essa é uma amostra do bom compositor que é Beto Cupertino, e você pode baixá-la numa versão demo feita por Larissa Moura aqui (ou a versão demo do Beto, aqui).
    Já o Violins, compre Grandes Infiéis de olhos fechados, ou espere pelo novo álbum que deve sair até o final deste ano. Em todo caso, só para não ficar com água na boca, baixe SOS, ou Atriz.

  • Violins - site oficial
  • 4.19.2006

    As mais mais

    Pensando um pouco sobre quais seriam, entre tudo de todos que já ouvi, as canções que eu mais gosto, ou melhor, as que mais me emocionam, encontro 3 possibilidades (isso aí, apenas 3! nada de top 5!):

    a) Eleanor Rigby;
    b) Last Goodbye;
    c) My Funny Valentine;

    Eleonor Rigby - dos Beatles, é perfeita em sua versão original, além de ter sido regravada diversas vezes, rendendo algumas versões interessantes (como a do Godhead), outras nem tanto.
    Last Goodbye - de Jeff "White Mystery Boy" Buckley, é outra acima do bem e do mal. Conheço poucas interpretações com outras pessoas, mas não gostei de nenhuma delas. Buckley é único demais para regravações.
    My Funny Valentine - admito, não faço a mínima idéia de quem foi o responsável pela primeira gravação. Só aqui no pc tenho registros dela com Elvis Costello, Nat King Cole, Frank Sinatra, Chet baker (minha favorita), Nina Simone, Matt Damon (sim, o ator!), Stan Getz, Charlie Parker e Anita Baker. NOVE versões! Todas perfeitas! É portanto o tipo de música que é tão boa, tão boa, que não é qualquer um que se atrave a tentar interpretá-la (afinal, tem que ser muito ruim, muito ruim mesmo, pra conseguir estragá-la).
    Beatles e Jeff Buckley, meus favoritos de (quase) sempre que me desculpem, mas se tivesse que reduzir a lista para apenas uma música, eu não teria dúvidas...

    My Funny Valentine [Rodgers/Hart]
    My funny valentine
    Sweet comic valentine
    You make me smile with my heart
    Your looks are laughable
    Unphotographable
    Yet you’re my favourite work of art

    Is your figure less than greek
    Is your mouth a little weak
    When you open it to speak
    Are you smart?

    But don’t change a hair for me
    Not if you care for me
    Stay little valentine stay
    Each day is valentine’s day

    Is your figure less than greek
    Is your mouth a little weak
    When you open it to speak
    Are you smart?

    But don’t you change one hair for me
    Not if you care for me
    Stay little valentine stay
    Each day is valentine’s day

    .......

    E o seu Top 3, qual seria?

    4.18.2006

    "Estranho demais pra viver, raro demais pra morrer."

    Acabo de assistir Medo e Delírio, com Johnny Depp e Benicio Del Toro, ainda na pilha do trabalho da faculdade.
    Estou com esse filme em vhs aqui há umas 2 semanas (catado de uma amiga, mas um dia eu devolvo, juro que devolvo!), mas não o havia assistido por pura falta de um vídeo-cassete (o que é muito fácil de resolver quando você sabe onde seu vizinho esconde a chave da porta da sala. O puto daquele cabeludo de barba desgrenhada deve estar até agora querendo saber o que aconteceu...).

    Simplesmente não tem como pensar em quem poderia ter feito o papel do Doutor melhor que ele, o gonzo de Hollywood, o Bowie dos cinemas, senhor Depp.
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    Agora mesmo é que vou aguardar ansioso por The Rum Diary!
    ..........



    9 em Redação IV, 9,5 em Técnicas de Pesquisa Jornalística e 10 em Realidade Sócio-Econômica e Política Brasileira?! Eu?
    Definitivamente, acho que os critérios de avaliação da faculdade estão ficando frouxos demais...
    Nuépossívi!
    ..........



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    É só comigo ou a mistura de 1 litro de coca-cola, 1 comprimido de paracetamol, 2 pacotes de amendoin japonês, 3 torrones argentinos (desses que são vendidos no trem pelo preço de 5 por R$1,00), 1 dorflex e um punhado de batata palha não caem bem pra todo mundo?

    Se perguntarem por mim, fui ali botar as tripas pra fora...

    4.17.2006

    o meu é total flex!

    Conversava com uma amiga um dia desses sobre a vontade que tenho de trocar minha obsessão por música pela leitura. Ok, talvez trocar não seja a palavra certa. Pelo menos não como se você tivesse um carro movido a gasolina e o trocasse por um carro movido a álcool, porque isso pressupõe que você não use nem um pouco de álcool hoje e que não vai usar nem um pouco de gasolina amanhã. No meu caso, é mais parecido com um carro total flex, porque é como se eu estivesse usando álcool demais agora – apesar de deixar sempre um pouco de gasolina no tanque – e quisesse usar mais a gasolina – o que não quer dizer que vá deixar a parte do álcool vazia.

    Ah, deu pra entender, vai! Em todo caso, é mais ou menos assim: eu ouço muita coisa, e leio um bom tanto também, só que eu quero ler mais do que leio, e em conseqüência, me preocupar um pouco menos em estar ouvindo tudo quanto é disco possível. Sacou agora?

    Então, why not?
    Discos eu baixo de graça, muitas vezes antes de chegar às lojas. E como o mesmo, infelizmente, não acontece com os livros que me interessam, as coisas vão ficando como estão.

    Então, sem essa de mão-de-vaca, ok?! Ainda sou um reles estudante, oras!

    4.16.2006

    enquanto isso no last.fm



    4.15.2006

    O Lisérgico Dr. Gonzo


    "Acima de tudo isso, ele é um mentiroso, um talento desperdiçado, um artista em fluxo contínuo e um mascate vendendo quilos de sua própria carne."

    Lester Bangs

     semelhanças são coinscidência

    O texto acima, de autoria de um famoso jornalista musical norte-americano, diz respeito a Lou Reed, músico que se tornou conhecido por seu posto de guitarrista do grupo Velvet Underground, no final da década de 1960. Entretanto, não seria nem um pouco equivocado usá-la para definir Hunter Stockton Thompson, o mais insano e ácido – em todos os sentidos – jornalista da história, nascido em 18 de julho de 1937, em Kentucky, interior dos Estados Unidos.

    O chamado "New Journalism", do qual fazia parte nomes como Truman Capote, Tom Wolfe (este, por sua vez, o responsável pela designação "new journalism") e Gay Talese, entre outros, visava por si só romper com as barreiras impostas pelo jornalismo "comum", frio, dos lides objetivos, da "Pirâmide Invertida" e dos textos pasteurizados, surgido em 1861 no The New York Times. Hunter Thompson, no entanto, ia além: não bastava ser subversivo, era preciso ser parte da notícia, ser parcial, ser marginal. E ele assim o foi.
    Seus textos – uma complexa e perigosa mistura de new journalism, literatura beat, sangue, suor, álcool e todo tipo de substâncias psicotrópicas que se possa imaginar –, radicalizavam de tal forma que acabaram recebendo o rótulo de "jornalismo gonzo", gênero do qual Thompson foi criador, maior representante e provavelmente o último – por mais que jornalistas, jovens ou não, em todas as partes do mundo, possam tentar o tempo inteiro reproduzir seus passos.

    Sobre a origem do termo gonzo (originado da gíria franco-canadense gonzeaux, que significaria algo como "caminho iluminado", mas que acabou se tornando sinônimo para nonsense), conta-se que o jornalista Bill Cardoso, amigo de Hunter, ao ler o texto chamado "O Kentucky Derby é Decadente e Degenerado" (que, a princípio, deveria ser um artigo sobre uma famosa corrida de cavalos de Louisville, terra natal de Thompson, mas que rendeu porém uma forte crítica à população local e seu modo de vida, no qual o nome do vencedor do evento não é mencionado em um momento sequer), escrito para o Scalan’s Monthly, em junho de 1970, exclamou: "Eu não sei que porra você está fazendo, mas você mudou tudo. É totalmente gonzo". O novo adjetivo foi adotado por Hunter Thompson, de forma que ele mesmo passou a denominar seu estilo como jornalismo gonzo.

    Aos 18 anos, o jovem Hunter Thompson foi condenado a sessenta dias de prisão devido a um assalto, mas, por sugestão do juiz, aceitou se alistar na Força Aérea como pena alternativa, e foi na base de Eglin que começou a escrever para o jornal Command Courrier. Mais tarde, além de publicar 10 livros e diversas matérias como freelancer, Hunter foi também dos principais colaboradores das revistas Playboy e Rolling Stone, e do canal ESPN.
    Entre seus livros, dos quais apenas 4 estão disponíveis em catálogo no Brasil atualmente, podemos destacar Hell’s Angels (o livro que popularizou o jornalista. A idéia, a princípio, era que Hunter escrevesse um artigo sobre a famosa gangue de motociclistas para a revista Nation, em 1965. Thompson, porém, acompanhou o grupo durante um período de 18 meses, realizando filmagens e entrevistas, viajando com o bando e praticamente se tornando um deles, exceto pelo fato de, ao final desse período, ter levado uma surra que lhe rendeu algumas costelas quebradas, de alguns motociclistas que estavam cansados de tanta exposição perante a mídia) e A Grande Caçada aos Tubarões (copilação de matérias escritas para diversos veículos impressos, entre o começo dos anos de 1960 – incluindo textos sobre o Brasil, escritos no período em que o jornalista morou aqui, mais precisamente no bairro de Copacabana, Rio de Janeiro, entre 1962 e 1963 – e o final da década de 1970). Os outros 2 são a ficção beat Rum – Diário de um Jornalista Bêbado (apesar dos personagens serem ainda jornalistas descontrolados, este livro é cuidadosamente estruturado, ao contrário dos textos freestyle do gonzo jornalismo) e Screwjack (pequena coletânea de textos soltos, que inclui o divertidíssimo M.E.S.C.A.L.I.T.O. (sic), no qual Thompson narra sua primeira experiência com mescalina, em uma narrativa repleta de detalhes). "Fear and Loathing in Las Vegas", que chegou a sair no Brasil em 1984, pela editora Brasiliense, sob o péssimo título de Las Vegas na Cabeça (atualmente fora de catálogo), chegou aos cinemas em 1998 como "Medo e Delírio", sendo o personagem de Hunter Thompson interpretado por Johnny Depp, amigo pessoal do jornalista (Depp, aliás, voltará a interpretar Thompson na versão cinematográfica de The Rum Diary, que pode começar a ser rodado ainda em 2006) .

    Tão extrema quanto foi sua vida e sua escrita, foi também a sua morte. Em 20 de fevereiro de 2005, aos 67 anos, Hunter Stockton Thompson, ou "Dr. Gonzo", como costumava ser chamado, suicidou-se com um tiro na cabeça. Falando com sua esposa ao telefone, suas últimas palavras antes de apoiar o aparelho sobre o mármore da cozinha, carregar o revólver e puxar o gatilho foram: "Gonzo has left the building".
    Seis meses após o suicídio, suas cinzas foram lançadas ao ar por um canhão instalado sobre um monumento em forma de punho gigante – símbolo do Dr. Gonzo –, de 45 metros de altura por 2,4 de largura, financiado por Johnny Depp, numa cerimônia presenciada, entre outros, pelos atores Sean Penn e Jack Nicholson, também amigos de Thompson. "Fanático por fogos de artifício, explosões e qualquer coisa que fizesse 'bang'", conforme foi definido por Troy Hooper, Hunter só poderia mesmo ter um final como esse.
    ..........



    Ontem. Count Basie Orchestra soando alto em plena madrugada. Livros, livros pra todos os lados, caderno, folhas arrancadas, caneta, rabiscos e óculos, e água, e sono, e suor. Não agüentando o tédio, resolvi fazer algo de útil: o texto sobre Hunter Thompson que terei de apresentar, sei lá quando - se fim desse mês ou começo do próximo - na faculdade, num seminário que vale também sei lá quantos por cento da nota da prova.
    É provável que eu ainda mude algumas coisas. Em todo caso, não deve sair muito diferente do que você acabou de ler.

    4.14.2006

    Quase

    Fazia tempo que não me lembrava disso com clareza.

    Eu estava deitado numa maca, dentro de uma ambulância, a caminho do pronto socorro mais próximo, algo em torno de 3 quilômetros de minha casa. Eu tinha quatro anos, e naquela época, as coisas eram mais difíceis aqui em casa do que jamais voltariam a ser.

    Laringite alérgica é o nome. Não tem cura, tem controle. Aquela devia ser a primeira, ou uma das primeiras, pelo menos naquela proporção. Haveriam outras mais tarde, e até cheguei a voltar à hospitais por conta disso, mas apenas para tratamento, não mais para uma emergência.

    Meu pai, em pé à minha frente, dizia coisas como “Wagner, eu to aqui, fica calmo!”, as quais eu respondia com mais choro, mais solavancos, mais falta de ar.

    Se você não sabe, é mais ou menos assim: sua laringe, por causa de alguma coisa a qual você é alérgico, incha, e incha, e incha, até não poder mais inchar, até não sobrar espaço algum para que o ar consiga passar, por mais que você se esperneie, por mais que jogue a cabeça para cima e tente puxá-lo com toda a força que você já não tem, pois está com seus pulmões vazios.
    Claro, esse é o ápice da crise, e quando você tem quatro, ou cinco (várias vezes ao longos dos cinco), seis, oito e nove (no mínimo duas vezes ao longo dos nove), não há pedido de pai, não há choro de mãe, não há pano embebido em álcool enrolado no pescoço ou ar da madrugada que lhe faça sentir menos desesperado enquanto a merda da laringe simplesmente não desincha, deixando você respirar, sentado no chão, quase desmaiando (ou desmaiando) depois de ter feito tanto esforço.

    Minha mãe tinha estado doente havia menos de um ano. Tuberculose. Quase morreu. Eu mesmo, para não acabar doente nessa mesma época, viajei para Petrópolis, ficando lá até minha mãe recuperar a saúde (Aliás, outra lembrança antiga que eu tenho: eu na varanda olhando pela janela, minha mãe deitada na cama, ela pergunta minha idade, eu sinalizo “3” com os dedos, ela me corrige, dizendo que a partir daquele dia eu tinha que levantar um dedo a mais. Era meu aniversário. Ela ainda não estava curada, mas me deixaram vê-la – e vice-versa – por se tratar do meu aniversário. Não demorou porém para que ela melhorasse depois disso, e não demorou, creio eu, para que essa primeira crise de laringite da qual tenho recordação me proporciona-se minha também primeira experiência pessoal de quase-morte), e veja a ironia: eu estava de volta, eu estava em casa, e agora era minha vez de sentir como era estar perto, perto demais, de uma morte lenta e dolorosa.

    Não sei porque lembrei de tudo isso de forma tão clara. Como disse antes, não tenho a crise em si há bons 12, 13 anos (apesar de, vez por outra, como essa semana, ser acometido das coisas mais “sutis” do problema, como a tose seca, a febre, a dor de cabeça, quase como uma gripe, mas sem pulmão carregado e tudo mais).

    Vai ver é só uma lembrança distante. A lembrança da primeira vez que eu realmente tive medo de algo.

    4.13.2006

    rapidinhas


    O programa Rei Majestade, do SBT, registrou ontem o maior número de telespectadores: três - eu, meu pai e minha mãe.
    .....

    E no winamp: Wreckroom, do novo álbum do Loose Fur, Born Again In The USA. Só de ter Jeff Tweedy envolvido, já faz valer a pena.
  • daqui)

    O que eu acho engraçado é que a indiezada de plantão diz gostar de experimentalismo, viagens etc, mas adoooora falar mal de rock progressivo. Vai ouvir Wreckroom, e me diga que a guitarra que entra exatamente em 2'14'' não é a cara das guitarras que Steve Hackett gravava para o Genesis!

    .....

    Tomei vergonha na cara, cortei o cabelo e quase fiz a barba.

    Bem, na verdade rolou uma "homenagem" a um tio coroa estiloso que eu tenho...
  • legal, jazz, legal...

    Deve ser realmente estranho, ao entrar num trem, por volta de meio dia de uma terça-feira, se deparar com dois jovens magrelos de vinte e poucos anos – um cabeludo, todo de preto, e o outro de barba por fazer, camisa branca, jeans e All Star – discutindo entre si a influência que Chet Baker exerceu sobre os cantores de Bossa Nova, em especial sobre João Gilberto. Você sabe... esse não é necessariamente o tipo de pessoa de quem se espera ouvir falar sobre jazz e bossa. Talvez seja por isso que algumas pessoas olhavam estanho para o Fábio Soriano e para mim...
    Apesar de todas diferenças que temos – Fábio é mais entusiasta do Metal e suas muitas vertentes, canta numa banda de prog-metal, anda de preto num calor do caramba etc –, compartilhamos da admiração pelo chamado coll jazz, e esse acaba sendo um assunto recorrente quando nos encontramos.


    Toda essa introdução apenas para falar do melhor programa transmitido por uma rádio FM: Momento de Jazz, produzido e apresentado por Nelson Tolipan, de segunda a quarta-feira e sexta-feira às 23h, transmitido pela MEC FM em 98,9 MHz, com horários alternativos, segunda-feira e quarta a sexta-feira às 22h na MEC AM 800 KHz.
    Como o rádio fica no meu quarto, e eu normalmente não estou por lá no horário de transmissão – e, se estou, é porque o sono me levou antes do previsto –, acabo quase nunca ouvindo. Mas ainda assim, é o meu programa favorito.


    A edição de ontem foi inteiramente dedicada ao meu subgênero preferido, o cool jazz, ou, como dizia Nelson Tolipan - em seus ótimos comentários de sempre -, para facilitar o entendimento dos ouvintes, “jazz lento”, ou “jazz sentimental”. Onde mais, senão num programa como esse, eu poderia ouvir, quase em seqüência, tão belas versões para “When I Fall In Love”, “Blue and Sentimental” e “When a Man Loves a Woman”? Bem, se você descobrir, me avise!
    Fica por aqui a dica: ouça quando puder!

    E agora, com licença. Vou me deitar e ouvir um pouco de Chet Baker.

    4.12.2006

    um clic antigo

    Foto catada do álbum alheio:

    [faculdade] - 2003
    Rebecca, Rodrigo, Sabrina, Bárbara, Professor Ataíde, Jorge Wagner, Igor e Wilson.

    Essa foto foi tirada no fim de 2003, quando eu estava terminando o 3º período do curso de Comunicação Social na Estácio, campus Tom Jobim. Logo em seguida cada um meio que seguiu rumos diferentes.

    1 - Rebecca "Chambers": Não lembro se era do pessoal de publicidade ou de jornalismo. Me parece que passou pra UFF nessa mesma época, trancando a matrícula na Estácio e partindo pra lá.

    2 - Rodrigo "Digo Forfun": Era do pessoal de publicidade. Já tinha banda nessa época, e começava a conquistar espaço através da divulgação na internet. Mais ou menos dois anos depois, com um cd produzido pelo Liminha, se tornaria praticamente popstar, e a sua banda (na minha opinião, uma bosta, afinal, o fato de eu ser amigo de alguém não siginifica que eu goste de tudo que ele faça), uma unanimidade entre de meninhas adolescentes. Acho que trancou a faculdade.

    3 - Sabrina: Entrou na faculdade algum tempo depois de nós. Seu namorado porém, Thiago Costa, estudava conosco desde o primeiro período, mas não estava nesse dia. A banda em que o Thiago toca bateria, aliás, Starlla, ganhou a gravação de um clipe numa promoção da Claro, que vai passar (se já não está passando) na MTV.

    4 - Bárbara "Baby" Vitória: Era da turma de jornalismo. Deve estar se formando agora, no meio do ano. Me parece que está trabalhando com o pessoal do Greenpeace, estando por esses dias, inclusive, em uma viagem com eles.

    5 - Ataíde: Professor de Língua Portuguesa III que achava nossa turma "muito apáticaaaan..." e meu texto "muito sarcásticooon...". hohoho

    6 - Jorge Wagner: Eu, fazendo biquinho pra zombar do professor, num momento bem segundo grau. Mudei para o "campus Turano", atrasei um pouco o curso e devo me formar em dezembro. O cabelo grande da época se foi (na verdade, boa parte do cabelo, grande ou não, se foi...), mas ainda sou o mesmo cara atrás das lentes de novos óculos.

    7 - Igor Alessandro: De publicidade. Também se forma agora em julho. Começou a faculdade com bases sólidas - já era casado e trabalhava como professor de informática.

    8 - Wilson "Wilbor": Fazia publicidade, mas trancou algum tempo depois, e não sei se está trabalhando (tá, Wil?). Foi o cara da turma que mais acompanhou o começo da banda do Rodrigo! rs
    .....


    Achei essa foto no álbum do Igor, não pude deixar de postar.
    É estranho como tanta coisa muda, e como amadurecemos - e to falando sério - em tão pouco tempo!
    Sinto saudades desse pessoal.
    .....


    E um comentário deslocado: Feast Of Wire, cd do Calexico do ano de 2003, é simplesmente perfeito! Vou ver se upo e deixo o link aqui.

    Todo mundo no terraço

    Como meu feriado começou hoje, para não ficar sem fazer nada, aproveitei a manhã para terminar de ler Uma Longa Queda.
    .....

    É Nick Hornby, fazendo o que se espera de Nick Hornby, e, bem... escrevendo como, você sabe... Nick Hornby, com toda aquela coisa da narrativa em primeira pessoa, diálogos com o leitor, referências a discos, a livros, franquias, programas de tevê, linguagem cotidiana e tudo mais.

    O livro que conta a história do improvável encontro de quatro candidatos a suicidas, cada qual com personalidades e histórias distintas entre si, no alto de um prédio (o Toppers' House), na noite de Ano Novo, e a relação, não necessariamente de amizade, que se segue depois disso, diverte, distrai e, assim como o grande sucesso de Nick Hornby, o livro Alta Fidelidade, nos faz ver o quanto, todos nós, cada um de nós, somos ainda mais patéticos do que muitas vezes nos damos conta.

    Transcrevo abaixo um trecho em que, já próximo ao fim da história, JJ (o “Rob Fleming” de Uma Longa Queda), chega a uma das conclusões mais interessantes do livro, um pensamento que o autor deixou também transparecer em suas entrevistas quanto a obra, ao afirmar que todas as pessoas, ao menos uma vez, já cogitaram a idéia do suicídio:

    “(...) você pensa que as pessoas que não estão no terraço encontram-se a milhares de quilômetros, do outro lado do oceano, mas não é verdade. Não há nenhum mar. Não há nenhum mar. Todas elas estão em solo firme, a uma distância palpável. Não estou tentando dizer que a felicidade está assim tão perto que é uma questão de conseguirmos vê-la, não estou dizendo nenhuma baboseira desse tipo. Não estou dizendo que os suicidas não estão tão longe assim das pessoas que conseguem tocar a vida; estou dizendo que aqueles que conseguem tocar a vida não estão assim tão longe de serem suicidas. Talvez não devesse achar isso tão confortador quanto acho.”

    Palavras do Randall Neto num post mais antigo, Uma Longa Queda é “padrão Nick Hornby de qualidade”, não importa o quanto uns e outros insistam em dizer o contrário.
    E o final também não é dos piores.


    .....

    Agora de tarde começo a ler A Grande Caçada aos Tubarões, do Hunter, e também aproveito para começar a preparar o texto do seminário que tenho que apresentar sobre ele.

    4.11.2006

    "droga, muita droga..."

    Todo mundo tem alguma coisa contra a Globo. Até quem não assiste tevê.
    Antes que você se inflame e me chame de babaca, deixo claro que não quero dizer que a maior produtora de novelas da América Latina é injustiçada, ou blábláblá, ou qualquer coisa do gênero. Caso você não tenha percebido, estou incluso na expressão “todo mundo”, o que significa que, assim como o Zé das Coves, a Dona Maria ou o pedante estudante de filosofia, eu mesmo tenho minhas – muitas, por sinal – críticas em relação ao canal do plimplim.

    O problema agora é essa meia dúzia de advogados e demais "defensores-da-justiça" acusando a produção do Fantástico de falta de ética por ter deixado microfone aberto e câmera ligada durante os intervalos de uma entrevista com a tal Suzane Louise von Richthofen – gorda e descabelada -, confessa mandante do assassinato de seus pais, enquanto essa acreditava não estar sendo filmada, e combinava com seu tutor, Barney (foto abaixo), o que falaria e como se comportaria, quando a câmera “voltasse” a ser ligada.
    Faça-me o favor!

    hehehehBarney, o tutor de Suzane von Richthofen.


    Dá pra falar de ética quando o que está em jogo é o julgamento – atrasado, que fique claro - de uma jovem que acertou, ao lado do namorado e do cunhado, a morte de seus pais? Dá pra falar de ética quando o tutor da criminosa confessa, suposto amigo das vítimas (grande amizade essa, não? proteger seus assassinos deve ser mesmo uma boa maneira de mostrar como alguém gostava de você) a explica com detalhes quais as melhores mentiras a serem ditas para convencer a opinião pública que ela é uma pobre coitada demente (tirando a parte de “pobre coitada”, creio que não é preciso muito esforço para mostrar a demência de Suzane...), jogando toda a culpa sobre os outros envolvidos?

    Parece que um microfone aqui e uma câmera ali não são os piores problemas relativos à ética, não acha?

    Não me resta dúvida que, se as câmeras do Fantástico tivessem registrado uma trepadinha de algum famoso, ou a perereca da Luma, ou, sei lá, uma deputada grande e gorda dançando no plenário, ninguém estaria reclamando da falta de ética do programa.

    É numa dessas que se percebe o quando o Brasil não é um país sério. Se assim o fosse, não estaríamos aqui discutindo isso: Suzane e os irmãos Cravinhos teriam sido julgados e condenados não muito depois de terem sido descobertos como assassinos do casal, e não estariam por aí dando entrevistas em programas de rádio, de tevê etc, como se fossem celebridades, ao invés de criminosos.

    "Eles me davam droga, muita droga..."
    bonito penteado, garota!

    4.10.2006

    wait a minute, Mr. Postman!

    Uma tal gripe me surpreendeu legal de sábado pra cá. To na lona, caído mesmo, sensação talvez potencializada por um gigantesco comprimido de Cimegripe, nada convidativo, vermelho e amarelo, e ruim de engolir que só ele.
    .....

    Pausa rápida com os posts, e mesmo com as visitas em blogs alheios, por conta das provas e trabalhos da faculdade.
    Sequer são seis horas da manhã, mas eu, mesmo derrubado, estou de cara com sete textos da disciplina de "Realidade Sócio-Econômica e Política Brasileira", da qual terei prova daqui há pouco.

    "espere, senhor carteiro!"
    .....

    Essa semana, como eu disse há uns posts anteriores, creio que hoje ainda, terá texto meu no Scream & Yell. É uma resenha crítica sobre o Meds, mais recente trabalho do Placebo. Um bom disco que porém não chega nem perto de Eyes Open, do Snow Patrol, sucessor da obra prima que é Final Straw.
    Descontando o fato de que não ouvi ainda os novos trabalhos do Flaming Lips e nem do tio Morrisey, num ano que já teve Strokes, Mogwai, Placebo e Belle & Sebastian, e que ainda reserva novos trabalhos de Sonic Youth e Radiohead, o grande álbum fica, até agora (na verdade ele só será oficialmente lançado em maio), por conta de Gary Lightbody e sua turma.
    Como diria o Marcelo Costa, numa ótima definição, por sinal: "Snow Patrol: o que seria do Coldplay se eles não chorassem tanto e trocassem os teclados por guitarras."



  • É sério, esse é O disco, recheado de canções pops tão boas quanto Run e Chocolate, do trabalho anterior, com destaque para Chasing Cars, Beginning To Get To Me e Open Your Eyes.
    .....

    E a leitura de Uma Longa Queda vai bem, porém dividindo atenção com os textos da faculdade. Por isso a demora com a leitura.

    4.08.2006

    [ ]

    rosas saturadas
    Eu nunca sei o que dizer: não falo o que quero, falo o que não devo, e quando não sei o que dizer, fico com as frases de efeito.
    ....

    4.07.2006

    muito que fazer

    A encomenda citada aqui acabou de chegar...

    Isso é que significa "fim de semana agitado" para mim! hehehe
    .....

    Nunca fui fã de Legião Urbana, apesar de considerar Renato Russo o melhor letrista do chamado "rock brasileiro" em sua cria dos anos 80, pelo menos. Músicas à parte, confesso que nunca pensei que a vida de Renato Manfredini Jr. pudesse ser tão interessante quanto Arthur Dapieve faz parecer na biografia Renato Russo: o Trovador Solitário (Editora Relume Dumará, 2000) que estou acabando de ler.
    183 páginas de texto fácil, suficiente para ser lido de uma vez só.
    .....

    Minhas opiniões quanto Uma Longa Queda ficam para o começo da próxima semana, e a de A Grande Caçada aos Tubarões, provavelmente somente para depois que tiver apresentado o seminário sobre ele na faculdade.

    "Sleep pretty darling, do not cry."

    O Marcelo Costa entrou em contato comigo ontem para pedir que eu faça algumas modificações em um texto que escrevi por ocasião do vazamento na internet do álbum Meds, do Placebo, mudando o foco do "vazamento" para lançamento.
    Ou seja: segunda-feira tem texto meu no Scream & Yell. Não deixem de ler!
    .....


    Tocando por aqui uma versão de Golden Slumbers / Carry That Weight, presente no segundo disco do Last Year, registro duplo de algumas sessões de gravação do Abbey Road, que leva o sub-título de "Other Abbey Road Era Rarities".

    pra que passar o mouse aqui?

    "Once there was a way, to get back homeward.
    Once there was a way, to get back home.
    Sleep pretty darling, do not cry.
    And I will sing a lullaby.
    Golden Slumbers fill your eyes.
    Smiles await you when you rise.
    Sleep pretty darling, do not cry.
    And I will sing a lullaby.
    Once there was a way, to get back homward.
    Once there was a way, to get back home.
    Sleep pretty darling, do not cry.
    And I will sing a lullaby.

    Boy, you're gonna carry that weight
    Carry that weight a long time
    Boy, you're gonna carry that weight
    Carry that weight a long time
    I never give you my pillow
    I only send you my invitation
    And in the middle of the celebrations
    I break down
    Boy, you're gonna carry that weight
    Carry that weight a long time
    Boy, you're gonna carry that weight
    Carry that weight a long time"

    .....


    E ainda tem gente que não sabe porque prefiro o Paul McCartney.

    4.05.2006

    Nota do JB Online:
    "RIO - A governadora Rosinha Matheus decretou luto oficial de três dias pela morte do palhaço Carequinha. Rosinha lamentou a perda do artista circense, o primeiro a fazer sucesso na televisão. Carequinha morreu no início da manhã, em sua residência, em São Gonçalo."

    Pessoas da idade da governadora devem estar um tanto quanto chateadas com a notícia da morte desse artista, notícia que está passando quase que despercebida por pessoas da minha idade.
    Gente dessa minha geração quase não conheceu George Savalla Gomes, nascido em Rio Bonito, RJ, em 1915, que começou a trabalhar como palhaço com apenas cinco anos de idade, e que, de certa forma, encerrou sua carreira hoje, com a morte.
    Muito mal lembramos do Bozo!
    Sou dessa geração que cresceu em frente a tevê, no final da década de 1980 para o começo da década de 1990, "educados" por meia dúzia de loiras e por umas três morenas, todas ex-modelos ou ex-prostitutas (as vezes nem tão "ex" assim...), viciadas em anfetamina, anti-depressivos e/ou outras substâncias, que faziam seu nome entre uma Playboy aqui, uma nave-espacial-de-plástico ali, um romance com um jogador de futebol, ou piloto de corrida, ou dono de emissora acolá.
    O Original

    Se tivesse começado sua carreira por volta de 1988, Carequinha não teria feito sucesso. Simplesmente humor inocente não tem chances de competir com peitos, bundas, maria-chiquinhas e revistas masculinas. Se estivesse começando hoje, não teria chance contra qualquer loira de corpo estrategicamente montado, ex-namorada de algum cantor medíocre ou ex-participante de um reality show.

    Letras como "O bom menino, não faz pipi na cama, o bom menino, não faz malcriação" sequer seriam notadas por essa geração de crianças que ganham de seus pais (sendo uma boa parte desses pais os velhos "baixinhos" da Xuxa) cds da Kelly Key.
    .....


    Valério chora ao saber da morte de seu ídolo.
    Sem mais, verdade seja dita:
    Palhaçada por palhaçada, careca por careca, hoje em dia, ninguém compete com o PT, ninguém compete com Marcos Valério.

    Megalomania

    "Paradise comes at a price
    That I am not prepared to pay
    What were we built for?
    Could someone tell me please

    The good news is she can't have babies
    And won't accept gifts from me
    What are they for?
    They'll just grow up and break the laws you've loved

    Take off your disguise
    I know that underneath it's me
    Who are you oooh

    Useless device, it won't suffice
    I want a new game to play
    When I am gone - it won't be long
    Before I disturb you in the dark

    And paradise comes at a price
    That I am not prepared to pay
    What were we built for?
    Will someone tell me please

    Take off your disguise
    I know that underneath its me"

    Muse

    4.04.2006

    más recordações

    [sobre os Detonautas, continuando...]


    manézão

    Tive o desprazer de assistir ao show do grupo por 2 vezes, mas tenho explicações para isso:

    A primeira foi há quase 3 anos. Quando você tem 19 anos de idade e nada para fazer em uma fria noite de sábado, alguém lhe oferece uma carona para qualquer lugar diferente, cheio de pessoas diferentes das mesmas de sempre, você não discute. Você vai.
    A segunda foi, creio, em maio passado. Novamente, noite de sábado, show barato em uma cidade que não a sua, mas da qual você conhece uma meia dúzia de pessoas legais, incluindo uma amiga que, dentro de um mês aproximadamente, vai se mudar para longe, bem longe. É razão suficiente para me tirar de casa.

    Ambas as experiências não foram muito agradáveis.

    O primeiro dos dois shows foi em Miguel Pereira. Ao chegar na cidade, parei com uns amigos em um rodízio de pizza, onde comi até quase não agüentar mais andar. Em seguida, me dirigi para perto do palco para poder olhar os equipamentos (hábito maldito!). De repente, começa a serenar, e para piorar, a banda começa a tocar. E eu ali, cercado de “roqueiros-du-mal” por todos os lados, tentando inutilmente sair da muvuca, que ia de um lado para o outro, pulando e gritando da mesma forma que o orangotango-mestre, senhor Tico Santa Cruz, fazia no palco.
    Tive que esperar a primeira “balada” para conseguir sair de perto, e ficar no meu canto tentando não vomitar.

    A segunda sentença de quase-morte se deu em Barra do Pirai. Eu e mais três amigos, em um lugar em que a única bebida que se podia comprar era Nova Schin, e tendo que dormir na rodoviária, esperando amanhecer para poder ir embora.

    Não é muito legal gastar seu tempo com alguém que parece ter passado toda a adolescência querendo ser o Rodolfo, ex-vocalista do Raimundos. O cara cresceu, fez uma dúzia de tatuagens pelo corpo, montou uma banda para qual escreve letras ridículas, e que acha que o ponto máximo da vida é ficar no palco gritando “bucêêêêêêta”.

    - Uhuuu! É isso aí, garotão! Palmas pra você!


    Admito até que a crítica jabazesca do jornalista Bernardo Araújo tenha me deixado curioso quanto ao conteúdo do álbum Psicodeliamorsexo & distorção, mas já estou tão acostumado a pessoas que vendem gato por lebre, que dispenso, passo longe, bem longe.
    E se você for a algum show deles, por favor, não me chame, não me ofereça carona. Prefiro meu quarto, minha cama, meu edredon, um copo de café e a companhia da Rádio Mec.

    Aliás, isso é tudo que eu quero agora.

    aham, tá bom, acredito...

    Fato: Foi publicada hoje no Segundo Caderno do Jornal O Globo, uma matéria assinada por Bernardo Araújo, que discorre sobre o novo álbum do Detonautas, chamado "Psicodeliamorsexo & distorção" (sic).

    Os dois primeiros parágrafos do texto são recheados de comparações curiosas, daquelas que deixam duas impressões no ar:

    a) isso é jabá-du-bom!
    b) ele confundiu a banda.

    Ou você acharia normal, em um texto sobre os Detonautas, ler coisas como:

    1 - "... mergulharam em uma pesquisa musical, ouvindo a fundo bandas como Led Zeppelin e The Who."

    2 - "A capa - um desenho de Edi Ribeiro, professor de ioga de Tico, que poderia muito bem ilutsrar um disco do Red Hot Chili Peppers (referência sempre presente nos Detonautas) ou do Iron Butterfly (...)"

    3 - "O que é pesado poderia ofender o público das FMs (...) e o que é "cabeça" deixaria um fã do Greatful Dead orgulhoso."
    .....

    O jornalista afirma ainda que "o sentido das palavras nem sempre é cristalino, mas isso é bom" e que a banda "descobriu seu momento de crescer e fez o dever de casa com louvor."

    capa do disco
    Bem... eu posso até acreditar que Rodrigo Netto e Renato Rocha (guitarras) tenham criado alguns riffs interessantes, ou concordar que a capa lembre Iron Butterfly... agora, não dá pra sair por aí apontando como ponto positivo as letras mal escritas do "poeta" Tico Santa Cruz - marca registrada do grupo (tente encontrar lógica em "Quando o sol se for", por exemplo) -, ou achar que, por conta de uma das faixas do disco, "Insone" (em que o vocalista, mais uma vez, acha que seu disturbio do sono é assunto relevante...) ter 18 minutos de duração, alguém - além de Bernardo, é claro - vai ter a coragem de compará-los à banda de Jerry Garcia!

    Isso soa tão forçado quanto comparar Zezé di Camargo ao Bob Dylan!


    Que parece jabá-du-bom, aaaah, isso parece!
    .....


    [continua...]

    4.03.2006

    caça-palavras

    Estalar de dedos.
    Ponta de caneta - barulho em mesa de madeira;
    Fone de ouvido, comprimidos e café.
    Aperto os olhos, coço o nariz...

    Estou matando o tempo para não matar você.

    4.02.2006

    o que merece atenção

    Fato: entre todas as coisas que uma pessoa pode não gostar, o objeto maior de seu repúdio será sempre aquilo que ela menos conhece. Uma decepção, uma experiência traumática (que muitas vezes sequer chegou a ocorrer com você mesmo. você apenas ouviu contar, ou sabe de alguém, que é amigo de alguém, que é vizinho de alguém...), e nunca mais vai querer saber. De quebra, ainda vai falar mal daquilo para o resto de sua vida.
    Um exemplo simples: quantas vezes você comeu jiló em sua vida? Ao menos que você seja uma tremenda exceção, garanto que poucas, talvez nenhuma, e mesmo assim, se nega a experimentar (eu sei como é... eu também sou assim - odeio jiló, mesmo sem nunca ter provado.).
    E eu aposto que você vai torcer o nariz assim que eu disser que toda essa introdução foi para falar de... televisão (é a maldição inconsciente do pensamento Frankfurtiano)!
    Mas continue lendo. Prometo, não vai doer.
    .....

    Não acredito que a tevê aberta é a melhor coisa de que se tem notícia. Mas não dá pra bater nela o tempo inteiro! Dizer que só tem merda, que não assiste porque não presta, e todo esse blá blá blá pseudo político-consciente é ser, no mínimo, ignorante (no sentido de ignorar mesmo).
    Não sugiro que ninguém passe o dia inteiro na frente do aparelho, tentando extrair pontos positivos de novelas mexicanas, Casos de Família e coisas do gênero (se bem que Encontro Marcado, de Luiz Antônio Gasparetto, na Rede TV!, se mostra a cada dia o melhor programa humorístico da tevê brasileira!). Não é isso (não sou nenhum “integrado”, cego seguidor das teorias funcionalistas norte-americanas). Mas que se dêem ao trabalho de, ao menos uma vez por semana, ler a grade das emissoras, ou então, ir para a sala, e, de posse do controle remoto, dedicar um breve tempo procurando alguma coisa que lhe interesse.
    Pode ter certeza: algo do seu agrado irá ao ar - numa emissora qualquer, num horário escuso, mas irá.
    .....

    Conforme postei aqui, semana passada fui surpreendido pela Rede Globo, que exibiu um ótimo filme italiano chamado O Último Beijo, logo após o desastre que é Zorra Total. Pois ontem, enquanto esperava para assistir Mission Hill (desenho dos mesmos criadores dos Simpsons, que, na tevê aberta, é exibido nas madrugadas pelo SBT – você sabia disso?), dou de cara com a tela laranja, e com o seguinte texto: A Clockwork Orange - A Film Directed and Produced by Stanley Kubrick.
    Isso mesmo! O SBT exibindo Laranja Mecânica, enquanto você navegava na internet, ou dormia, ou andava atoa, ou fazia sei lá o que, provavelmente bem menos interessante do que assistir essa que é uma das maiores obras-primas do cinema em todos os tempos.
    Tá passando o mouse em cima da foto pra quê?

    Agora vê se larga de lado esse preconceito bobo...
    .....

    ps.: Conversava com um amigo um dia desses sobre uma idéia que tenho, de uma coluna semanal na qual eu trataria sobre coisas interessantes, em qualquer aspecto, na tevê aberta. Quero levar a idéia a diante. Só falta um site interessado.

    4.01.2006

    opção: livros!

    Postando rápido só para deixar registrado que acabo de encomendar meu exemplar de Uma Longa Queda, do tio Nick Hornby, cuja edição em português que saiu há poucas semanas era aguardada com ansiedade por mim.
    A dica é que o livro está em promoção no site da Saraiva.

    Aproveitei o embalo e comprei A Grande Caçada aos Tubarões, do Thompson, livro sobre o qual terei de apresentar um seminário na faculdade, no final de abril, para a disciplina de Técnicas de Reportagem.
    Antes que alguém se exalte, infelizmente a sugestão do livro não partiu do professor e nem da faculdade, que, salvo em raríssimas exceções, continua ignorando formas anticonvencionais de se fazer jornalismo.
    Bem, pelo menos o professor deixou que escolhessemos os autores e os livros que gostaríamos de analisar, e abriu um leve sorriso de espanto quando, ainda no primeiro dia de aula dessa disciplina nesse período, aquele aluno magrelo de barba por fazer sentado lá no canto, próximo a janela, gritou: "Thompson! Hunter Thompson!"
    ....


    Tanto Uma Longa Queda quanto A Grande Caçada aos Tubarões estavam na minha inútil "lista de presentes" do orkut (cá entre nós: você ao menos conhece alguém que tenha recebido como presente um dos seus objetos de desejo citados no orkut?! eu não...). Por isso, mesmo duvidando que alguém sequer se dê ao trabalho de ver quais são os presentes que eu gostaria de receber, resolvi atualizar a lista.
    Nunca gostei que me dessem roupas (as pessoas têm impressões erradas sobre as peças que devem ficar bem em você, e deve ser estranho dizer "me dá essa camisa aqui, ó!"), e nunca liguei de ganhar cds (sempre os baixei pela internet. eu poderia pedir discos de vinil, o item que me agrada, mas poucos sabem reconhecer se o disco, em seu estado de conservação, vale mesmo o quanto cobram por ele, e assim, acabariam saindo financeiramente prejudicados em vão.). Então, o que posso querer, senão... livros?!
    Resultado? A lista ficou assim:
  • - textos de Greil Marcus;
  • - ficção de Hunter Thompson;
  • - Robert Crumb disseca a história dos bluesmen norte-americanos;
  • - mais uma ficção do tio Nick;
  • - Nick Horby, mais uma vez, falando sobre as canções que marcaram sua vida.

    E admito: se pudesse pedir mais coisas, pediria mais livros! Pelo menos mais alguns. Pelo menos mais esses aqui.

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    Som: The Zombies - You Really Got a Hold on Me.