Até que eu me divirto!

mas que deixei de acreditar, isso eu deixei!

6.28.2006

29

Luana acordou passando mal, com muita dor em um dos braços, suficiente para deixá-lo quase imóvel durante um dia inteiro, assim, sem razão aparente.
Se a dor continuar, amanhã ela irá ao médico. Mas por hoje, ficou chué, chué...
Esse tipo de coisa é contagiosa? Digo, não a dor no braço (os meus estão intactos), mas essa indisposição, esse incomodo...

Que coisa mais chata!

Se há algo realmente ruim é saber o quanto somos impotentes ante certas situações. Tenho vontade segurá-la entre meus braços, aquecê-la, e entre um abraço forte e um beijo, saber que não há mais nada, que a dor em seu braço passou, sua indisposição foi embora.

Sei que muitas coisas as vezes parecem bobas quando ditas – ou escritas – assim, mas, se existe uma coisa pela qual tenho cada dia mais vontade de lutar (e existe), é pela felicidade dessa menina, pela nossa felicidade, pela minha felicidade ao lado dela – assim, nessa ordem.
Topei entrar nessa história, mergulhar de cabeça, fosse qual fosse a ocasião. Bons ou maus momentos, aceitei (na verdade, sugeri) estar presente em toda e qualquer situação.

29 de junho. Amanhã. Exatamente um mês do dia em que meus até então “planos bem traçados” foram por água abaixo, e uma nova história começou a ser escrita assim, bem diante dos meus olhos.
E quem liga para os "planos bem traçados"?
Eu não sou.
..................................



JW anda sem idéia para atualizar isso daqui, e por isso está sumido.
Ele ainda manda dizer que está bem, e agradece aos que se preocupam.

6.26.2006

Falsa Poesia

O copo mais cheio,
A bebida mais forte,
O sorriso mais largo,
O maior dos amores.

O copo transborda,
O corpo transborda,
A Alma transcende.

Uma bela canção
(Melodia comum),
As mãos, os olhos, os dentes,
O toque, o ventre, os rins.
Semente lançada entre pedras...
É tudo e é nada,
É paz,
(respiração)
É pele,
É suor,
É pulmão.

O sorriso trascende,
O corpo transborda
A alma se estende...
A Morte é mais que fadiga,
E os braços clamam por Vida,
E os lábios, o frescor e o gosto
Do copo mais cheio,
Da bebida mais forte.

6.24.2006

_

Tudo bem no mundo real, e, assim do nada, vem um estranho sonho capaz de fazer você passar um dia inteiro meio pra baixo.
É só comigo que isso acontece?

Blé, não estou com vontade de escrever não.
Até mais.

6.23.2006

respondendo...

"At 5:12 PM, Helena said…

JW, seja vc quem for, continuo adorando seus comentários sobre a vida comum. Ah, queria que vc nos dissesse se foi bem naquele trabalho...
"
.................

Primeiro, muito obrigado por visitar o blog, Helena. É bom saber que tem gente lendo isso daqui de vez em quando! =)
Respondendo sua pergunta, fui bem sim! Somando apresentação do seminário e o... hum... relatório, fiquei com 9,0.
.................


Pessoal, dei uma sumida por esses dias pelos motivos que já expliquei aqui há um tempo: faculdade. Fora isso, minha vida anda bem, obrigado.
Vou tentar voltar aqui com mais freqüência.

6.21.2006

Lovesong



Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am home again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am whole again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am young again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am fun again

However far away I will always love you
However long I stay I will always love you
Whatever words I say I will always love you
I will always love you

Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am free again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am clean again

However far away I will always love you
However long I stay I will always love you
Whatever words I say I will always love you
I will always love you

...............



Por isso ainda acho The Cure, e Robert Smith, com sua escrita simples, tão legais! Não é difícil me ver em suas letras. =)

6.19.2006

____

Passando rapidinho aqui só pra recomendar uma lista com os links pros discos de 2006 (cortesia do amigo DJ, que organizou o que já vinhamos fazendo na comunidade Indie Others):
http://br.geocities.com/indieothers/
Vale uma olhada com calma de vez em quando, já que as atualizações serão constantes.
.........................


Três semanas de felicidade e paz.
21 dias.
VINTE-E-UM dias.
E que venham os próximos dias, que venham as próximas semanas!
.........................


Cansado de hypes? Cansado de gente bajulando bandas porcarias, ou, na melhor das hipóteses, medianas, como se fossem a coisa-mais-interessante-do-Mundo (isso mesmo, Arctic Monkeys é um bom exemplo!)?
Faz assim: vai na lista que linkei ali em cima, procura por Guillemots e baixa Through the Windowpane, álbum de estréia dos caras.
Demorei a dar meu voto de confiança justamente por causa da badalação em torno do nome da banda de MC Lord Magrão (sim, brasileiro, o guitarrista, mas nada que você já não deve ter lido por aí), mas é BOM sim! É pop até onde pode, é viagem até onde consegue, é bem gravado que é um absurdo, e tem tudo aquilo: melodias agradáveis, "efeitinhos", arranjos de cordas, de metais...
Não vai salvar ninguém de nada e nada de ninguém, mas quando o assunto é música, quem precisa de salvadores?




[ô, mané! você ainda está lendo isso aqui? vai logo baixar o álbum!]

6.18.2006

Paulo Coelho

- Boa tarde!
- Oi, boa tarde.
- É... aqui... que livro é esse?
- Por que?
- Por que o quê?
- Por que você quer saber que livro é esse?
- Por nada. Na verdade eu odeio ler, estou só tentando saber o nome do livro.
- Ah, sim. Foi uma péssima abordagem.
- Ahn? Por que?
- Pra começar, você não sabe meu nome, não sabe pra onde estou indo, não sabe como está meu humor... não sabe nada de mim e pergunta “que livro é esse?”! Péssima idéia.
- Você se engana.
- Como?
- Você vai descer daqui a duas estações, você se chama Marcela, está de bom humor, não bebe, sábado agora é seu aniversário e todas as suas amigas falam alto demais.
- Ooow! Que isso, ein, rapaz?!
- Eu disse que você estava enganada.
- Como você sabe isso tudo?
- Viajamos no mesmo horário, ida e volta, quase todos os dias.
- Hnnn...
- Você entrou sorrindo no trem. Tem seu nome rabiscado na mochila.
- Olha só! Um bom observador...
- Suas amigas falam alto demais e ontem chamaram você de careta, porque elas encheram a cara na festa do fim de semana e você não. Ah! E foi numa dessas conversas que citaram seu aniversário.
- Nossa, ein!
- Pra você ver. Mas... e o nome do livro, qual é?
- Olha, gatinho... como você sabe, minha parada está chegando. Anota meu telefone, me liga qualquer hora dessas... pra saber o nome do livro, talvez...
- Eu? Seu telefone? Tá maluca?!
- Como assim? E essa de puxar assunto?
- Ô sua besta! Dei sorte de você estar sozinha hoje, porque quando vem acompanhada, você e suas amigas tagarelas, não consigo fechar o olho pra uma soneca básica nessa merda de trem! Você acha que EU daria em cima de VOCÊ? Fala sério!
- Mas... e essa do livro???
- Minha irmã gosta dessa bosta de autor, e eu quis saber que porcaria de livro era esse pra de repente dar um de presente para ela. Mas você, além de tagarela, recalcada, careta, ranzinza e com péssimo gosto para livros, é mal educada! E apesar de fingir ser a última-rosquinha-do-pote, é oferecida pra cacete!
- Olha, eu só não mando você pra puta que pariu porque chegou minha parada.
- Ah! Esqueci disso... além de tudo você mora mal!
- Filho da puta!
- Feliz aniversário, mocréia!

“Merda! Não vi o nome do livro!”

6.17.2006

=(

Queria escrever sobre a morte do Bussunda, mas vou falar o quê?
Morreu um dos poucos humoristas engraçados da tevê Globo (na verdade, acho que se todos morressem agora, só me lembraria dele e do De La Peña...).

Com tanto mau humista naquela emissora (Zorra Total em peso, por exemplo), morre justo o gordinho simpático que imitava a Vera Fischer?! Gordo por gordo, morresse o mala do Jô, que só sabe falar nele mesmo, ou então, já que a dona Morte foi lá na Alemanha atrás de um gordo brasileiro, morresse o "Fenômeno"!

Triste, muito triste.

6.14.2006

Frusciante

Você gosta de Red Hot Chili Peppers?
Bem, eu não. Mas em todo caso, deixe os pimentinhas pra lá. Ou melhor, deixe Flea, Kids e Chad pra lá.
Se tem alguém ali que merece ser lembrado, esse alguém se chama John Frusciante, o guitarrista.
Sempre ouvi comparações entre John e mentes insanas porém geniais, como Syd Barrett, por exemplo. Mas tinha um puta preconceito, um certo receio. Afinal, de tudo que já ouvi de RHCP, dos álbuns com John nas guitarras, gostei de no máximo umas 4 músicas (e isso, espremendo!). O que é que esse cara poderia me oferecer?

A história é conhecida: Fruxi se tornou membro de sua banda favorita ainda muito novo, gravou dois álbuns sucesso de crítica e de venda, teve todas as mulheres que quis, fumou todos os baseados que pode, não resistiu a pressão do estrelato e caiu fora. E é aí que começa o que realmente interessa.

Em 94, seu primeiro álbum solo, Niandra LaDes and Usually Just A T.shirt, apesar de ser um tanto quanto difícil (e triiiiiiste que só), ultrapassa a marca de 100 mil cópias vendidas. É o som da solidão, a trilha sonora de alguém que não demoraria muito tempo até dedicar sua vida a flertar com a morte, alguém que mergulharia fundo num monte de lixo. Entre As Can Be, My Smile Is A Rifle, Head (Beach Arab), e outras, não há como negar: está ali a insanidade de Barrett, a angústia de Nick Drake, a atmosfera sombria de Tim Buckley. O ex-guitarrista daquela banda de palhaços funky era mais um no clube. Mas até quando?

A situação fica realmente complicada nesse ponto. John passa a consumir heroína desenfreadamente, injetando todo dinheiro que havia conseguido com os “bons” anos no RHCP, se isola do mundo, passa a ser o maior-junkie-da-face-da-Terra, um zumbi, um Syd Vicious ainda mais extremo (com a diferença de saber tocar alguma coisa), um amontoado de ossos e sangue, um ser sem dentes, de unhas podres, que fedia mais que qualquer outra coisa.
Morando numa casa tão limpa quanto seu corpo, com fragmentos de poesias suicidas pichadas nas paredes sujas de sangue, entre pôsteres de Vicious e de Zappa, camisetas do Velvet Underground, siringas sujas e cartelas vazias de prozac , dá a luz à Smile From The Streets You Hold, segundo ele, feito apenas para conseguir mais dinheiro para comprar heroína. Segundo a crítica, um álbum ainda mais difícil que Niandra, considerado por muitos como um lixo, e por outros, como uma jóia, um retrato de como alguém pode se tornar um monte de nada e ainda assim continuar sendo um grande artista.

Ignoremos seu retorno ao RHCP (não sem antes dizer que isso fez com que a banda se tornasse popular novamente), e falemos do que realmente interessa. John, agora limpinho (e com dentes novos!) lança em 2001 To Record Only Water for Ten Days.
Esqueça o termo lo-fi, o guitarrista chapado/cantor desafinado mergulhado na merda. To Record é O poder! Bateria eletrônica, mellotron, teclados e muitas melodias – melhor ainda: bem cantadas!
Esse ano trouxe ainda o álbum From The Sounds Inside, onde o destaque ficam por conta das músicas mais acústicas.

Em 2004, John lançou tantos discos solos que não é difícil esquecer de alguns. No mínimo, temos: Shadows Collide With People (Uma pérola pop, com participação de Flea e Chad Smith, e com uma overdose de backing vocals - uma das poucas características que admiro no trabalho do Red Hot - no talo, no máximo. Um álbum que merecia ser mais conhecido, como comprova Ricky, uma das melhores canções da vida de Fruxi), The DC – EP, Ataxia - Automatic Writing, The Will To Death, Inside of Emptiness e A Sphere in the Heart of Silence (é óbvio que não ouvi todos, mas só por que não encontrei todos).

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No ano passado John lançou Curtains, mais um grande disco, bem cantando, bem tocado, bem gravado, bem produzido, com melodias lindíssimas, com ótimos momentos do começo ao fim.

Frusciante resistiu, conseguiu escapar do que a mãe de Kurt Cobain chama de "Clube dos Idiotas" (o de grandes mentes que acabam se auto-destruindo). E é uma prova de que você pode ignorar por completo o trabalho em grupo de alguém e admirá-lo individualmente.

No orkut, com um pouco de paciência, você encontra quase todos os discos do cara pra baixar. Uma dica? Comece por aqui.
...................

Por falar em trabalho individual versus trabalho em grupo, aquilo de ontem é a tal "seleção favorita ao título"?
Sei não, ein....

6.11.2006

sem tempo, sem tempo...

Ainda mais que enrolado com os trabalhos da faculdade, ando meio sem tempo para isso aqui.
É bem isso: não tenho lido, mas os livros estão por aqui, em todos os lugares. Tenho ouvidos muitos discos, mas sem tempo para dar-lhes a devida atenção.

Tenho estado bem feliz também.

Pedaços de uma deliciosa torta de morango, um show legal do Pato Fu nesse fim de semana, o cheio de camarão me deixando tonto no meio nada, uma aparente virose, meu pré-projeto me deixando perturbado...
Nada demais, nada demais...
....................

Conversava com a Lu um dia desses sobre alguns textos que já passaram por aqui. Lembrei de um que eu gostava, ficção, mas com personagens reais, fragmentos de histórias reais, uma boa dose de tédio e de bajulação de textos de um certo autor japonês-do-sul.
Como não tenho nada novo pra por aqui, vai ele mesmo, logo aí embaixo.
....................


O Outro Membro do Clube


Odeio segunda-feira. Ainda mais quando tem jogo no domingo. Ali fora só se fala de futebol.
Acho que nunca vou conseguir entender isso tudo. Não o futebol, ou a segunda-feira, digo tudo mesmo. Eu nunca entendo nada.

Tô cansado pra cacete. Essa história de faculdade pela manhã é de matar qualquer um. Eu tiro meu All Star, continuo com a meia, me atiro na cama. Som: White Álbum, à 33 rotações e 1/3, com estalinhos e tudo, bem do jeito que eu gosto.

Já faz algum tempo que deixei de me barbear. Sabe de uma coisa? Quase não se percebe.

Às vezes quase me convenço das coisas que os outros me dizem: eu devo ser mesmo um velho. Sou ranzinza, resmungão, gosto de LPs e tô usando uma camisa com listras horizontais, que minha irmã, cinco anos mais velha, acha a coisa mais brega possível. Mas, feito criança (como disse) nunca entendo nada.
Quer maior paradoxo que isso? Sou um velho crianção.

Tá bom, eu odeio segundas. E odeio terças também, feito aquele personagem do Tom Hanks em O Terminal. Mas afinal, além de LPs, Beatles e roupas bregas, do que mais eu gosto?
(Vou pensar com calma. Prometo que um dia ainda encontro a resposta.)

Um pouco de café nunca é ruim. Ansiolíticos de vez em quando também não. E, mais por necessidade que por gosto, antiácido é sempre bem recebido.

Uma coisa em que eu realmente vejo beleza, e não é gozação, é aquela máquina de auto-atendimento da Coca-Cola. Eu aqui falando sério, e você deve estar pensando que é brincadeira, mas não é. Eu REALMENTE acho o maior barato aquela máquina toda imponente, com a luz verde a indicar “seu dinheiro aqui”, e todas aquelas fotos bem produzidas, que lhe dá vontade de comprar logo o tal refrigerante de sabe-se lá o que.

Sábado eu saí com dois amigos para beber. Quer dizer, eles bebiam e eu olhava - é que ainda tô nessa onda de caretice. Enfim, o cabeludo me tirou de casa na hora em que eu já estava pronto pra dormir. Depois de um pouco de insistência, lavei o rosto, peguei uma camisa - listrada, claro - e nós fomos. O outro amigo, o barbudo, já estava por lá.
Sabe esses barzinhos com cara de “o último recanto boêmio”? O lugar é bom, sem aqueles pinguços fedorentos. Só complica um pouco quando enche de moleques querendo encher a cara. Nada contra encher a cara, mas gente falando alto o tempo inteiro é um pouco chato de aturar.
Foram longas horas de cerveja (eles), coca-cola (eu), uísque (barbudo), versos de uma canção dedicada à uma boneca inflável (cabeludo), espancamento verbal na mídia (eles) e “não é bem assim não” (eu).

Esse é o tipo de coisa que sempre faz tudo valer a pena.

Já pensou se eu tivesse mesmo sido pai? Puta merda! Tomo susto só de pensar. Adoro criança e tudo, mas, de boa, não sei se estaria preparado. Ela era uma menina, era uma chata, mas eu tava sozinho, então, sem problemas. Terminei assim que pude. E fora as crises de choro, ela não teve nada a me dizer. Fiquei sabendo do aborto uns dois meses depois que terminamos, por outra pessoa. Ela jurou que não era meu, mas eu sei que era. Eu sei que ela mentiu, e nunca mais voltamos a nos falar. É estranho dizer, mas, estive grávido, e perdi o bebê.

Piercings não ficam bem em qualquer pessoa. Na sobrancelha então, acho bem sem graça. Eu ficaria horrível com piercing em qualquer lugar. Mas aquele transverso, de um lado ou outro da orelha, em certas meninas, me deixa louco.

Hoje não tem jogo.

Cada um dos dois lados de cada um dos discos dos besouros já tocou por aqui. Já ouvi cd do Hermanos, e ouvi também uma boa banda de amigos, a Olivia. Ouvi Pet Sounds (e que os também sagrados Sargent e The Pipper me perdoem, mas esse é o meu psico favorito!), e agora tô ouvindo Richard Ashcroft (Verve era uma banda bacana).
Foram quatro copos de coca-cola, um pacote de batata palha, dois comprimidos (dos de três miligramas) de Bromoxon, um copo d’água com bicarbonato de sódio e uma longa escovada nos dentes.

Sozinho com todo mundo.

Odeio as segundas, odeio faculdade, odeio futebol. E também odeio terça.

[18/04/2005]

6.09.2006

Muse desde criancinha!

Hey, você viu? Vazou o novo álbum do Muse, Black Holes And Revelations.

Depois de Origin Of Symmetry e Absolution, dois grandes álbuns (aliás, Absolution, apesar de ter ótimas canções, as melhores que a banda já fez, peca justamente por ser graaaande demais, e não saber a hora certa de acabar), chega ao quarto disco em estúdio acertando a mão (além dos 3 citados, rola também Showbiz, o debut dos caras).

Muito se falou sobre “revolução musical”, e outras baboseiras, o que, na real, não aconteceu. A verdade é que Take a Bow até que é diferente, dá um susto, mas do tipo “iiiiih, é isso que eles diziam que fariam de tão diferente nesse disco?”. Engana. Começa com um tecladinho que faz você pensar em uma música empolgante, mas que ao longo de 4 minutos e porrada, simplesmente não chega a acontecer. Aí vem Starlight, uma puta canção pop, pra tocar mesmo, e as expectativas de que pode ser um bom disco, voltam, timidamente, mas voltam.
Segue então a piada Supermassive Black Hole, que nas palavras de Matt, era pra soar como bandas como Franz Ferdinand. Não parece. Não é Franz, não é Muse, não é Britney nem Madona... mas é algo entre isso.
Map of the Problematique, faixa 4, traz algo dessa tal “novidade” – que não é nada tão diferente do que você já ouviu por aí. Vale pelos teclados e pela linha de baixo.
Soldier's Poem, assim como Invincible, caberiam muito bem em Absolution. Mas perae! Que final bonito tem essa segunda música! Matt Bellamy, quando resolve interpretar, é muito bom no que faz! E sem essa de dizer que ele tenta ser Thom Yorke, cara!

Respire fundo!

Se a história de “novidade X identidade” não foi capaz de lhe fazer desistir do álbum até então, depois de um começo de disco um tanto confuso, que você não sabe se gosta ou se deixa de lado, então você recebe de presente uma matadora seqüência final! Assassin, apontada por alguns fãs da banda como a Stockholm Syndrome de BHaR, com um excelente tema de guitarra – pesado, meus amigos, pesados à la Muse – e uma bateria um tanto quebrada, refrão bom de se ouvir e cantar junto... perfeita, sem defeito algum!
Exo-Polotics é outro ponto alto. Com riff grudento e melodia vocal idem, posso imaginar um clipe com cara de Time Is Running Out, uma das melhores do álbum anterior, com Bellamy dançando com sua guitarra, fazendo caretas para cantar as notas mais agudas.
City of Delusion traz influência de música espanhola / arabesca (destaque para o excelente contrabaixo), num primeiro momento, e cresce, e empolga, e termina com solo de... trompete! Isso sim é algo “novo” que funciona muito bem com a banda!
Hoodoo demora um pouco para dizer a que veio. É boa, mas a mais fraca entre tantas perfeitas nesse fim de álbum, enquanto Knights of Cydonia vem para arrepiar os cabelinhos do nariz, de tão, tão... tããããão fodona que é!

Estou falando sério. Esse pode não ser o disco do ano, mas é um entre eles. E essa seqüência arrebatadora de fim de disco é melhor do que qualquer outra desse ano e de muitos outros!

Cai dentro! Baixa isso e divirta-se!

http://rapidshare.de/files/22562960/Muse_-_Black_Holes_And_Revelations__advance-2006_.rar.html

6.08.2006

sem críticas - só sugestões

Como o Mr. Anônimo me cobrou no post anterior mais "críticas musicais", vou ser legal com ele, porém bem rápido aqui (tá quase na hora de ir pra faculdade, prova hoje, e tal):

Você PRECISA conhecer esse blog e esse aqui também!
Os dois têm um acervo grande de novidades, lançamentos de 2006, discos que passaram em branco apesar da qualidade nos anos anteriores, etc.
Pra começar, no Zoreiada Profi, baixe o Built To Spill, logo ali de cara. Vai por mim... o que é bom para quem gosta de Neil Young (baixe o novo dele também!), Pavement, Radiohead... é bom pra todo mundo! Discaço...
Aproveita o embalo e cata o Whirlpool, do Chapterhouse. Shoegaze da melhor qualidade, mas posto à sombra de outros como Loveless, do MBV.
Você também precisa ouvir Peeping Tom (eu já falei isso por aqui, mas repito: Mike Patton é O cara!) e Boy Kill Boy (você vai ficar um bom tempo sem querer dar atenção à bandas como Killers, por exemplo).

Ahhh! Como eu disse, estou com pressa! Depois falo mais!

6.07.2006

- Olha só... gente nova por aqui!
- Cadê?
- Ali no coreto, aquelas duas...
- Ih... camiseta do Linkin Park? Deve ser cabecinha!
- Heheheh, isso é...
- Mas até que é bonitinha, cara!
- Qual delas?
- A de camiseta...
- É, só tem mal gosto!
- Ninguém é perfeito, né, cara?
- É, isso é...
- Ah, bora ali tomar uma breja!
- Bora!

Acho que foi assim a primeira vez em que a vi. Pelo menos a primeira que lembro. 2002? Acho que sim... já faz taaaanto tempo!
A camisa era um mero detalhe. A primeira impressão de que a “garota da camiseta” era apenas mais uma revoltadinha entre muitas, logo passou. Ela era quieta, quase não falava, mas era simpática. Sorria, ficava sem graça com facilidade.

Em quatro anos, outros diálogos, com outras pessoas...

- Aí, sabe quem o _____ tá namorando?
- _____? Namorando?! Não faço idéia...
- A Luana!
- Luana? Que isso, cara! A garota é toda quietinha, o cara não vale nada...
- Pra você ver...
.....................

- Ela terminou comigo cara!
- Putz, que merda, ein!
- Eu TATUEI o nome dela!
- Hahaha, cara, aí o otário é você! Vocês não tinham nem um mês direito juntos!
- Ahhh, Filhodaputa! Grande amigo você, ein?!
.....................

- Po, o cara tá encharcando legal mesmo!
- Fala sério! Acho que o Jorge conhece ela...
- Conheço quem, cara?
- A Luana.
- Ah, conheço sim! Mas a gente nem se fala direito.
- O _____ tá cercando a menina de tudo quanto é jeito!
- Ah, vai se ferrar, Guilherme!
- Vai... o _____ vai te dar umas porradas, ein!
- Ah! Vai se ferrar, Jorge Wagner!
.....................

- Terminamos, cara...
- Você também, ein! Viaja pra caramba... demora séculos pra conseguir e depois...
- Ah, aconteceu, cara! Vou fazer o quê?! Mas ela é gente boa. Merece ser feliz.
- É, parece ser mesmo.
.....................

Acho que, com certo esforço, poderia lembrar aqui de muitos e muitos outras vezes em que seu nome foi assunto em minhas conversas. Nós porém, conversamos poucas, pouquíssimas vezes.

A menina bonitinha – mas com camisa do Linkin Park;

A menina tímida, sorrindo calada;

Ela, na minha festa de aniversário, ao lado de seu namorado, meu amigo;

A garota com a camisa do White Stripes (“Olha a camisa dela! Você tem uma igual, não tem?”, “Tenho uma verde. Não sabia que ela gostava disso!”), atravessando a rua, debaixo de chuva, para trocar pouco mais que algumas palavras, comigo e com mais dois amigos, em um dia qualquer;

A menina fazendo cadastro na lan house, eu atendendo (“Oi, você sumiu!”, “É, só um cadim... faz bem de vez em quando...”, “Ah, mas vê se aparece!”);

Ela, voltando para casa a pé, comigo e outros amigos, depois de um show não muito interessante;

A menina que gosta de ler, portão da minha casa, Alta Fidelidade sendo emprestado (“VOCÊ já viu o filme?! Eu adoro o livro, mas nunca consegui assistir o longa!”, “Vi sim! É legal! To doida pra ler o livro!”);

O banco de praça, os olhos, as mãos, o sorriso, o beijo, os dias seguintes, as canções, os carinhos...

Depois de tanto tempo, sem nunca ter pensado nessa possibilidade (desconsidere as últimas semanas, por favor)... a MINHA menina!
......................

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“Vale procurar sim, mas é o Acaso que liga todos os caminhos.”
[A Canção Pobre – Violins]

6.06.2006

[ ]

Em algum lugar perto daqui, nesse momento, pessoas decidem coisas do meu interesse.
A pior coisa possível é depender dos outros para o que quer que seja, mas é assim que é. Você nem sempre pode arrumar, deixar tudo da forma como gostaria que ficasse. E hoje é assim. Bem desse jeito que eu detesto.
Eu aqui, alheio ao que pode estar sendo discutido nesse momento, alheio ao que pode ou não ser meu assunto amanhã... só me resta estalar os dedos (outra vez), manter meu estômago no lugar onde deve estar - ao invés de sair pela boca, como parece querer -, tentar conter o tremer das minhas pernas, e coisas assim.
Ansiedade é uma bosta!
E não, esse não é um post pra ninguém entender.

6.05.2006

Last FM



6.03.2006

Obrigado.

Quando você estiver lendo isso aqui, terei completado meu 22º aniversário. Nada demais, além de apenas 22 rotações completas em torno do sol, certo?

Nunca me importei muito com datas comemorativas. Aniversário então, sempre foi apenas a época em que todos fazem questão de dizer que você está ficando mais velho, que tem que ser responsável, etcetera, etcetera, etcetera.

04 de junho para mim, em poucas ocasiões significou qualquer coisa além disso.

Esse ano porém é um pouco diferente...
Chego nesse dia com um gigantesco sorriso no rosto, crendo que "tudo é possível, não há nada que se possa deter" (como já cantou Paulinho Moska), e com a certeza de, não importa o tempo que passe - um ano, alguns meses, quatro anos -, as amizades verdadeiras são para sempre.

Dessa vez, penso um pouco diferente do que a idéia de simples 22 rotações... essa é minha vida! Isso é o que eu contruí até agora, é a minha história, passado, presente, futuro!
Tenho mais é que agradecer por cada momento, por cada oportunidade, tudo.
22 anos, e estou começando! Há muita coisa pela frente, e estou aí pro que Deus quiser que a vida me reserve!
Obrigado, todos vocês, por tudo, sempre!
...................

Momentos especiais da semana:

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[Abertura do show dos Los Hermanos em Volta Redonda (o melhor entre os que assisti).]

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["Dois Barcos"]

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["shoegaze?"]

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[Pexxe, Moringa, Roberta, Cláudio, Ivi, JW e Curuja - todos juntos pela primeira depois dos últimos 4 anos. Reencontrar essa turma foi um imenso prazer! ]

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[Pouco após o exagero do rodízio de pizza da Parmê. Atrás da Ivi, um pedaço do rosto do Walace, que passava por acaso por perto, a quem também não via há séculos.]
...................

6.01.2006

Será isso um relatório?

Segue um trabalho que entreguei na faculdade, valendo 4 pontos da média. Não estou mais afim de fazer trabalinhos "normais" mais não...
.............


Campus Rebouças (talvez fosse mais adequado chamá-lo de Campus Turano, como já fazem alguns) da Universidade Estácio de Sá. A segunda avaliação da disciplina de Técnicas de Pesquisa Jornalística – lecionada pelo professor Marcos Pedrosa (que mais tarde descobri atender também pela alcunha de Quico, mas creio que isso não vem ao caso) aconteceu da seguinte forma: com a turma dividida, cada um dos grupos deveria escolher algum dos diversos títulos de livros de uma lista apresentada por Pedrosa (havia também a possibilidade de escolher algum outro título, mas ninguém – exceto dois patifes – se dispôs a fazer isso), ler e apresentar, em um seminário, um breve resumo sobre a vida do autor e do que se trata o livro escolhido.
Entre 4 de maio e 1º de junho, uma vez por semana (sempre às quintas-feiras, 9h40, sala 301, Bloco A), alguns apresentavam o resultado de sua pesquisa, outros dormiam, outros não conseguiam calar a boca e outros – como esse que escreve agora – até que prestavam atenção, isso quando não estavam longe, em outra estação, desejando a cerveja do bar em frente ou a garota de perto de sua casa.

4 de maio:
Sabe os patifes? Sou um entre eles (All Star surrado, jeans surrado, camisa amarela com estampa do autor escolhido, até que não tão surrado assim), e o outro é Fabrício Bandeira (faltas constantes, Ray Ban muderno na cara, fã de George Michael).
9h30, Bar do Paulete. 9h40, sala 301, Bloco A. “A Grande Caçada aos Tubarões”, coletânea de textos assinados por Hunter Thompson – o homem do gonzo journalism, do LSD e todos os outros perturbadores possíveis, do tiro na boca e tudo mais. Queria poder ter fotografado, registrado a expressão boquiaberta de todos ali, há tanto tempo adestrados à caretice do “jornalismo tradicional”, da pseudo objetividade, o lenga lenga da imparcialidade e tudo mais que for sisudo e sacal, enquanto eram apresentados aos textos do tio Gonzo, seus olhos gritando “mas isso não é jornalismo!”, um banho de água fria, ou melhor, um banho de rum em suas caras assustadas.
Para falar sobre Hunter, citamos também Burroughs e Kerouac, Capote e Wolfe, Depp e Del Toro, Veríssimo e Czarnobai. Beat Generation, New Journalism, Medo e Delírio (com direito a exibirmos um trecho do filme), e frutos Gonzo no Brasil.
Até que gostei.

Semana seguinte – 11 de maio:
Caco Barcelos e seu “Abusado”, apresentado pelo trio de Luciana Fontes, Carolina Mattos e Aline do Nascimento, e é fácil de perceber que Luciana é entre elas a que mais domina o trabalho, divagando sobre a trajetória do autor (faculdade de matemática, Folha da Manhã em 1973, Prêmio Jabuti, Revista Veja, entrada na Globo em 1985 etc.) e a história do livro escolhido (como as crianças se envolvem no tráfico, Dona Marta tomado como exemplo, Marcinho VP e outros bandidos – todos os personagens com nomes fictícios). Para terminar, o velho conhecido documentário "Notícias De Uma Guerra Particular", de João Moreira Salles e Kátia Lund. E ponto final para elas.
Pedrosa – ou Quico? – resolve falar sobre Nelson Rodrigues, usando como base o livro “O Anjo Pornográfico”, de Rui Castro. Duas crônicas passam pelas mãos da turma de sonolentos e desinteressados, e já é meio dia, fim da aula, fica pra próxima semana.

18 de maio:
Guerra do Vietnã. Antônio Callado, então repórter do Jornal do Brasil é enviado para o local como correspondente. Tanto tempo depois, os textos dessa época compõe o livro “Repórter”, agora apresentado pelo grupo formado por três pessoas mais díspares possíveis entre elas: Alan Kronemberg (adepto do montanhismo, chamado por outro professor de “homem biônico”), Norton (negro até que forte e de voz um tanto andrógina) e o calado – sem trocadilhos – Tiago Bosco (com um visual daqueles de alguém que provavelmente adoraria morar em Londres, ter uma banda e ser chamado de “Salvação do Rock” pela NME).
Ainda antes da aula acabar, Pedrosa passa mais algumas informações sobre Nelson Rodrigues, incluindo dois episódios de “A Vida Como Ela É...”.

Penúltima semana – dia 25:
Dois seminários marcados para esse dia, um dos grupos pronto para começar, mas não há quase ninguém na sala. Uma componente do outro grupo quase grita ao telefone, falando com um de seus parceiros: “Cadê você, garoto?! Vem logo!”.
Ilana, Jaciane e Letícia fazem então sua parte, falando sobre ele, o homem que já foi poeta, correspondente de guerra, que presenciou a queda do muro de Berlim e que, como prêmio, é hoje conhecido como apresentados do que há de mais descartável na televisão nacional, o “Big Brother” Pedro Bial. O livro em questão é “Crônicas De Um Repórter”, mas enquanto seu currículo é apresentado, o que mais me chama a atenção é ouvir a definição de “Tarja Preta” (livro de Bial escrito em parceria com Adriana Falcão) como “bem Jorge Wagner” – meu nome como sinônimo para nonsense, provavelmente ainda fruto da impressão causada pelo seminário sobre Thompson.
O “Cadê você, garoto?!” de Renata Frascino parece ter funcionado, e tanto Alexander – talvez com certa dor de ouvido uma hora dessas – quando Rodrigo Monteiro estão na sala para apresentar “Minha História com os Outros”, de Zuenir Ventura. A coisa toda não é lá muito fiel, e Zuenir, de memória fraca, recorreu a terceiros para “lembrar” de algumas coisas, fazendo então questão de dizer que certas coisas em seu livro podem não ter acontecido exatamente como estão escritas (e enquanto redijo esse... hnnn... relatório, uma lembrança recente me vem à memória: o responsável pelo curso de jornalismo da Estácio, metido em seu terninho peessedebista, questionando “e o cuidado com a credibilidade?”...).

1º de junho – Fim:
Ninguém leu o livro. Julia leu trechos de biografias, Roberta visitou alguns sites, Willian gostou dos filmes “Canudos” e “Deus e o Diabo na Terra do Sol”. Mas o livro mesmo, “Os Sertões”, de Euclídes da Cunha (o mais famoso corno da literatura brasileira), esse mesmo, ninguém leu. É tão chato quanto é necessário – muito nos dois casos. Talvez um dia eles leiam. Talvez eu leia um dia, mas não agora, por favor.
O mais importante do trabalho deles já foi dito, e eu pego minhas coisas, e eu vou embora antes que eles acabem.


Também o mais importante deste... é... bem... relatório, creio eu, já foi feito. Paro por aqui, e isso é o fim.
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