Até que eu me divirto!

mas que deixei de acreditar, isso eu deixei!

3.12.2006

Considerações sobre The Cure - Parte II

Depois de mais de uma semana quase que ouvindo apenas The Cure (minha página no Last FM confirma isso), juro, estou parando! Cat Power durante essa manhã inteira (e se a bosta do audiofind não tivesse limite de downloads, teria completado o The Greatest, e a ouviria durante toda a tarde também!), e New Order ontem a noite não me deixam mentir.
Sei que assim que passar tudo pra cd, e assim que escrever o terceiro e último texto dessa série, aí é que vou ficar algum tempo sem os ouvir, descansando...
De qualquer jeito, quero escrever sobre algo sobre o Bowie assim que tiver conseguido baixar o máximo possível da discografia do cara.
E assim eu vou: deixo uma banda de lado, e vem outra, e outra, e outra.
O que não muda é uma coisa só: Arctic Monkeys continua me dando nos nervos.

Mas vamos ao que interessa!



THE CURE - OUTROS ÁLBUNS 1980/2004


Não tenho a mínima pretenção de escrever qualquer espécie de "biografia completa" sobre o Cure. Mesmo porquê, com tantas mudanças em sua formação, pessoas entrando e saindo, brigas, mudanças de proposta... daria trabalho demais (e, se é biografia que você quer, o google está aí pra isso...).
O que me proponho a fazer, e com a maior boa vontade do mundo, é dar uma breve opinião sobre cada álbum da banda, podendo portanto ser superficial demais em alguns casos. Mas se essas brever opiniões servirem para, de alguma forma, despertarem sua curiosidade, então meu texto serviu para alguma coisa.

Entre os "outros álbuns" sobre os quais escrevo aqui, não incluo alguns, pelas seguintes razões:
EPs diversos, para poupar tempo;
Sideshow é um breve registro ao vivo, com cinco faixas, não sendo portanto significativo;
Galore é apenas uma coletânea de singles, sem nenhuma novidade;
More Than Rare, apesar de uma boa coletânea de b-sides, é desnecessária de ser comentada quando contrastada com a caixa Join The Dots: B-Sides & Rarities 1978-2001 - The Fiction Years, que será comentada numa próxima ocasião;
Greatest Hits (CD 1) é apenas mais uma coletânea. O CD 2, porém, recebe atenção por se tratar de um álbum acústico.

Com essa segunda leva peneirada, vamos ao trabalho:


1 - Boys Don't Cry (1980):
Versão norte-americana para o debut Three Imaginary Boys, lançado em 79.
As canções "estranhas" do original inglês dão lugar aos singles como Boys Don't Cry e Killing An Arab - de letra influenciada por Albert Camus, que gerou polêmica na terra da hipocrisia: a imprensa estadunidense acusou o Cure de ser uma banda racista.

2 - Entreat (1990):
Um bom registro ao vivo em que a banda executa oito faixas do disco Disintegration.
Os destaques ficam por conta de Fascination Street sua linha de baixo hipnótica, além de Disintegration, quando Robert Smith mostra o grande vocalista que é, em uma interpretação emocionada e cativante.


3 - Mixed Up (1990):
Após o sucesso de Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me e Disintegration, Robert Smith, em uma boa jogada de marketing, põe no mercado um disco contendo apenas versões remixadas para grandes sucessos do Cure.
Lullaby (Extended Mix), Fascination Street (Extended Mix), Lovesong (Extended Mix) e Forest (Tree Mix) funcionam bem, enquanto Walk (Everything Mix) e Hot Hot Hot (Extended Mix) não fariam feio em um disco do Depeche Mode.
E, se as outras não chegam a empolgar, o resultado de In-Between Days (Shiver Mix) é simplesmente decepcionante.

4 - Paris (1993):
Fruto da vitoriosa turnê do álbum Wish, Paris destaca-se por seu tracklist abrangente, contendo desde canções como Apart, A Letter To Elise e Lovesong até outras como a caótica One Hundred Years (com uma breve citação de Hendrix no final), além de Charlotte Sometimes.

5 - Greatest Hits (CD 2) (2001):
O que poderia ser apenas mais uma coletânea na carreira do Cure, trouxe, na versão de luxo (infelizmente lançada apenas no exterior), um segundo disco, com todas as faixas do primeiro disco (inclusive as até então inéditas Cut Here e Just Say Yes), executadas de forma acústica, em estúdio (a banda já havia esperimentado o formato acústico, mas ao vivo, no começo da década de 90).
Mesmo não tendo nada de inusitado, com os arranjos reproduzidos da forma mais fiel possível, o disco 2 "retira a máscara" de cada uma das canções, e, como no caso de Boys Don't Cry, antes cantada de qualquer forma por um Robert Smith garoto, é devidamente interpretada, que quase nos permite vê-lo escondendo suas lágrimas.

6 - Three Imaginary Boys (cd2 - deluxe edition) 2004:
O primeiro trabalho da banda ganhou, em 2004, uma bela edição de luxo, dupla.
A novidade em si fica por conta do disco 2, recheado de demos - algumas delas caseiras -, alguns out-takes, e versões ao vivo.
Enche os olhos a demo de 10:15 Saturday Night, gravada na casa de Robert Smith. Com um quê de blues, e bem mais lenta, não teria feito feio se tivesse sido gravada assim (cá entre nós, acho até que eu gostaria mais dela dessa forma).

7 - Seventeen Seconds (cd2 - deluxe edition) 2005:
Também vem com demos, gravações ao vivo e out-takes, mas no caso do cd 2 de Seventeen Seconds, a graça fica por conta da inclusão das faixas gravadas pelo projeto Cult Hero, em que Robert Smith se juntou ao baixista Simon Gallup pela primeira vez (Simon se tornaria baixista do Cure algum tempo depois), e mais duas vocalistas, para gravar algumas canções de um carteiro (!) amigo da banda (sem dúvida, uma das histórias mais estranhas da carreira do Cure).

8 - Faith (cd2 - deluxe edition) 2005:
O terceiro da série de relançamento em versões luxo da banda.
O fato de ter 5 out-takes (bem mais que os anteriores) mostra o quão produtiva era essa época para o Cure.
Destaque para a versão remasterizada de Charlotte Sometimes, que eu defendo como sendo uma das melhores composições do grupo.

8 - Pornography (cd2 - deluxe edition) 2005:
Inclui o curioso Airlock (The Soundtrack), tema instrumental composto pela banda para um filme feito por um irmão de Simon, e que era exibido como abertura dos shows do The Cure na época do álbum Pornography.
Temptation Two (aka LGTB), surpreende pala qualidade, por ter sido gravada na casa de Bob Smith.

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A série de relançamento em edição deluxe continua em 2006, e estimasse que Japanese Whispers, The Top e The Head On The Door sejam os próximos.


E em breve por aqui: Join The Dots: B-Sides & Rarities 1978-2001 - The Fiction Years.

ps.: quem tiver a gravação do Cure para Love Will Tears Apart, me fale, por favor!

2 Comments:

  • At 7:19 PM, Blogger matthew hopkins said…

    http://www.mundopt.com/ler-8544.html

    Olha só o que houve com o Razorback. Foda, não?


    Abraço!

     
  • At 2:41 PM, Anonymous Anônimo said…

    foi mal eu não ter comentado antes, é que eu fui pro RJ na quinta (pro niver da mamãe e pra assistir um show) e só voltei na segunda e só to mexendo na net agora... mas mesmo que eu não comente nada por aqui, porde deixar que eu sempre leio essa joça...hahahah

    bom... e sobre The Cure né cara... muito foda!
    o "faith" é fodão e a record mirror viajou feião!
    e eu também acho que o concert the cure live fecha mesmo uma fase e o head on the door eu acho muito bom (abindo uma "nova fase"), mesmo que alguns fãs não gostem dele (por ser m uito "alegrinho")
    e o desintegration é sem comentários!!!!
    eu tava ouvindo ele direto!!
    o wish eu acho fodão... afinal ele tem A "friday i'm in love" e a "apart" fodassa! e degradou o the cure a uma banda superstar! hahah
    e fica até dificil eles conseguirem lançar algo que o fãs vão achar melhor que o wish ou desintegration, sempre vai ter essa comparação daqui pra frente
    mas o bloodflowers e o the cure são muito bons!!
    ah... e os vários cd's 2 "deluxe edition" e o do greatest hits vc não quer me passar não né?!?! mané! hahaha
    ah... e eu não tenho o the cure tocando joy division...acho até que eles deveriam para de imitar o joy division hahahahahah
    bom... tentei falar pouco, porque falar de The cure me empolga!!
    e as suas consederações sobre o the cure são bem parecidas com as minhas, acho que a gente deve ter cuidado senão a gente pode começar a criar alguns clichés!! hahahahahaha... essa foi péssima...

    grande abraço

     

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