Até que eu me divirto!

mas que deixei de acreditar, isso eu deixei!

8.23.2005

Every Breath You Take

Sem dúvidas, um dos maiores indicadores de que uma pessoa não é mais a mesma – eu já falei sobre isso com amigos e vou repetir hoje - está ligado ao que ela ouve. Não que uma pessoa seja melhor ou pior por ouvir ou não certas coisas – apesar de que, por certas situações, certas músicas, certas pessoas, eu ainda seja partidário dessa idéia.
Na real, o que é interessante é observar se há algo que você ouve agora que jamais ouviria há três anos atrás, por exemplo.

Uma vez, uma ex-namorada – ou qualquer coisa parecida com isso –, talvez para querer se aproximar um pouco mais, me ofereceu um elepê do The Police, uma coletênea, que havia sido de um tio que mudara, morrera, sei lá.
- THE POLICE? Police? Cacete! Você não tem senso de ridículo não?
Nessa época, a única música deles que eu gostava era Every Breath You Take, de modo que não pude me conter, é claro. Era Police! Era a banda daquele babaca, que se apresentou no Rock in Rio com aquela roupa colante! Era a banda daquele cara que raspa o sovaco!
[ps.: Eu sei, eu já sabia, o nome do cara, mas era mais interessante chamá-lo de babaca. E, a julgar pelo lance do sovaco carequinha, acho que talvez ainda seja o mais conveniente.]
Por fim, o disco foi parar na casa do meu vizinho, namorado de uma prima - ou amiga, sei lá – dessa ex-alguma-coisa minha (ele também não gostava – não gosta – de modo que deve ter aceitado apenas para não fazer pouco, como eu fiz.

Faz um tempo que essa coletânea veio aqui para casa, numa remessa que incluiu REM, um ao vivo do U2 (que também é parte integrante dessa história de indicadores de velhice...), os dois primeiros plays do Zero, e algumas coisas do Chico. Pois ontem, durante a Grande Reorganização que tive que fazer – voltei para a casa do cachorro, meu quarto do lado de fora de casa – acabei tocando o disco...

Vocês são capazes de saber o que aconteceu, não são?
Eu não vou falar.
Eu não vou falar.
Eu não vou falar.
Eu não vou falar.
Eu adorei o disco!
[Merda! Falei!]

A verdade é que eu não pude me controlar, e me peguei cantando váááários trechos das canções. A copilação é perfeita, cheia daquelas músicas capazes de causar coceira no cérebro, e das quais você já gosta há tempo, mas nunca se deu conta disso.
Para que o cara que fez pouco caso de Police – o mesmo cara que teria feito pouco caso de U2, na época -, estar ouvindo, e gostando, de uma coletânea do grupo... isto pode até não significar, necessariamente, amadurecimento – imaginem só: Ó, como eu sou maduro! Eu odiava Frank Sinatra e agora o amo! Ho ho ho, como isso é interessante, não?! -, certamente significa que alguma coisa aqui mudou.

Apenas mais uma observação: ainda acho a história do sovaco carequinha meio que ridícula.

3 Comments:

  • At 11:50 AM, Anonymous Anônimo said…

    oiii jw
    td beim?!
    o texto eh mt criativo [apesar d eu ter lido apenas a primeira linha]
    ashuahusas..parabens
    amo vc
    =*

     
  • At 3:11 PM, Blogger Daniela said…

    essa escadinha de itálico e negrito ficou meio gay, hein?

     
  • At 4:25 PM, Anonymous Anônimo said…

    Cara adorei seu blog. vou colocar um link lá no meu flog pra não esquecer de passar sempre por aqui.
    Isso também aconteceu comigo, eu ainda não cheguei ao ponto de gostar de police, mas u2 e rem eu adoro, sao daquelas bandas que como vc disse agente gosta e nem se dá conta, sao coisas agradaveis de se ouvir, bonitas e tudo mais. Eu me sinto a propria tiazona anos 80 gostando de u2 hahaha.
    bjs

     

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