Até que eu me divirto!

mas que deixei de acreditar, isso eu deixei!

7.08.2006

vai incompleto mesmo!

Nota: Posto abaixo o que seria um texto sobre a palestra do Hermano Vianna que assisti no dia 30 de maio.
Exatamente: "o que seria". Parei para estudar para as provas, perdi as anotações e estacionei o texto quase no exato momento em que começaria a falar da palestra em si, de maneira mais direta.
Em todo caso, como o blog é meu e eu posto aqui o que bem entender, lá vai...
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30 de maio de 2006, uma dessas manhãs que começam frias, mas que logo logo estão quentes outra vez, obrigando com que você tire a blusa de frio, dobre (ou amasse) e jogue dentro da mochila – isso, se você, ao contrário de mim, carrega uma mochila.
R$1,90, conversa fiada entre os caras mais patifes que a linha 473 já carregou e 30 minutos separam Rio Comprido de Copacabana, onde chegamos às 10h 50.
Quem somos nós? Dois estudantes de MERDA, aspirantes à alguma coisa, que ainda se deixam levar pela idéia de que o jornalismo pode ser capaz de render algo além de dor de cabeça diária e boemia sexta-feirística, divididos entre a cerveja do buteco sujeira na Paulo de Frontin (servida com má vontade pelo bigodudo que por pouco não esquece de me devolver o troco) e o suco do apartamento na Rua Toneleiro (decorado com fotos de Bresson e quadros de Warhol, e com uma estante repleta de CDs – de Smiths à Leadbelly – e DVDs – de Casablanca à Coffee and Cigarettes, que dou um jeito de levar comigo – dispostos organizadamente), servido por Marcos Pedrosa – o homem do “Já leu esse livro?”, ou “Já viu esse filme?”, ou “Blur é muito bom, cara!” –, jornalista e professor, e apaixonado pelo que faz.

Calçadas repletas de cachorros mijões, grandes e sem graça, carregando suas donas, suas senhoras de bundas gordas. É tudo o que vejo enquanto partimos em direção ao Leblon, onde nos espera o quarto passageiro, de careca lustrosa e óculos redondos, calça jeans e mochilão, o antropólogo Hermano Vianna, também chamado por muitos de “Ah! O irmão do cara dos Paralamas, né?”.
“Como vai o pessoal?”, “E o André?”, “Seus pais vão bem?”. Hermano e Kiko são amigos de longa data. Mas... peraê! Quem diabos é Kiko?! Marcos Pedrosa? É tão lógico quanto José ser chamado Memê...

Curador do Tim Festival? Então... quem vem esse ano? (...) Ah! Não pode falar... multa... mas, Radiohead no seco anda? (...) Mais uma vez é só história e fica só na vontade. (...) Não pode mesmo falar quem vem? (...) Hmmm, pelo menos Arctic Monkeys, aquela bosta, com agenda lotada, fica longe daqui esse ano. UFA!

Chegamos à Miami, ou Barra da Tijuca (ignore os letreiros de ônibus e as placas dos carros e você nunca saberá a diferença). Pedrosa – ou Kiko? – convidou Hermano (“você gosta de Los Hermanos?” – não resisto e faço o péssimo trocadilho...) para palestrar sobre produção colaborativa de conteúdo na internet. No local (campus Tom Jobim da Universidade Estácio de Sá), bebemos café e conversamos sobre Wilco, Jeff Tweedy versus Gilberto Gil (um encontro ignorado pelos coleguinhas de imprensa) e sobre quem-nunca-tocou-em-outros-festivais (quem é Benjamin Biolay afinal?) antes de partirmos para a sala reservada para a palestra, onde o Hermano do Hebert (trocadilho ruim #2) é aguardado por algumas turmas de alunos desinteressados, três bons professores e a dupla engomadinha, de aparência peessedebista, jornalistas pasteurizados que comandam a instituição: Dionísio da Silva, de sotaque estranho, gravata ridiculamente verde e terno alinhado – algo inversamente proporcional ao seu penteado –, chefe de comunicação sei-lá-das-quantas, e José Luiz Laranjo, com seu sorrisinho grotesco – digno do tipo de homem com quem você nunca vai querer parecer – chefe da área de jornalismo.

Burocracia de sempre: “ele é o fulano, blablablá, fez isso, fez aquilo, blablablá...”. Eu bocejo, o outro estudante patife reclama de dor no braço em riste, por estar gravando esse momento-porre. Fulano promete tentar não ser chato (algo que Dionísio por pouco não conseguiu durante a apresentação, e que Laranjo não conseguiu ao longo de toda sua vida letiva). E lá vai ele.

Há muito mais gente produzindo (cinema, música, literatura etc) do que as grandes corporações são capazes de mostrar (Ok!). E lá está a internet, remetendo ao movimento punk. Did it yourself, baby! Produza você, filme você, grave você, e se faça conhecer. Se vira, mané!

Jornalismo cidadão em pauta, e o homem mais imbecil que já esteve dentro de um terno quer saber sobre o cuidado com a credibilidade. Oras... credibilidade para ele é lide cansativo, é revista Veja, é chato. Tão chato quanto ser cobrado sobre pontualidade quando você chega 5 minutos atrasado em uma de suas aulas. “Cala a boca, imbecil!” – por pouco não me contenho.
"Hermano, na Copa do Mundo... você vai torcer pelos hermanos argentinos?" - trocadilho ruim #3.
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E ficamos por aqui mesmo.

4 Comments:

  • At 10:48 PM, Anonymous Anônimo said…

    sentido? coerência? eu não tenho! e parece que vc tem um talento para não ter...
    trocadilhos!! eu AMO isso!! é nisso que dá ficar estudando linguagem na faculdade! e tbm se foder em fisiologia...

    abraço

     
  • At 10:53 PM, Blogger jwagner said…

    nada aqui era pra ser sério, e lembro que foi bem divertido escrever esse trecho do texto exprimido dentro de um trem lotado...
    rapaz, os trocadilhos... passei uma semana pensando neles! hehehe

     
  • At 4:37 AM, Anonymous Anônimo said…

    po..péssimos trocadilhos..você pode fazer melhor JW..rsrs

     
  • At 4:39 AM, Anonymous Anônimo said…

    você podia perguntar p/ ele: "-e o seu Hermano, como anda?" porque além de trocadilho ia ter humor negro..rsrs
    quer saber? esse é um péssimo trocadilho tb...concerteza..rsrsrs

     

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