desânimo, blues, amigos, The Final Cut e Last FM
Sem muita coisa pra dizer, sem muita vontade escrever.
Sereno na parte da tarde, e como em todas as vezes que isso acontece, algum blues em meu ouvido (hoje foi Howlin' Wolf. E por falar em blues, fico muito feliz em saber que meu amigo Ricardo Bluesman finalmente gravou o seu cd, e está fazendo um belo trabalho tocando ao ar livre, na Praça XV, centro do Rio, de segunda à sexta, das 4 da tarde às 7 da noite).
Apenas para não deixar isso aqui vazio, segue a letra de Meu bem, Adeus, de um outro amigo, Átila de Carvalho. A música, uma balada com clara influência de Roger Waters (o tema remete, em imediato, à One Of The Few, faixa 3 de The Final Cut, último trabalho de Waters com o Pink Floyd), faz parte do CD Na Língua dos Bárbaros, que já está gravado e aguarda apenas o resultado de negociações para ser lançado no mercado (há a possibilidade de sair pela Biscoito Fino).
Experimental, popular, jazzy e erudito, na medida certa, é questão de tempo até Átila, com suas ótimas letras e seus belos arranjos, receber o devido valor como um dos melhores e mais completos compositores da atualizade - sem exageros.
Meu bem, Adeus, uma breve amostra de Na Língua dos Bárbaros, você pode baixar aqui.
"Eu não tenho a resposta sobre o que causou essa dor,
Não tenho palavras pra aliviar nossa causa,
E nem toda sabedoria compreende nossas razões...
Nem o maior grito aliviará nossa tristeza.
Não há gestos solidários,
Nem palavras mansas.
Não há carícias sem lágrimas,
Abraços sem apertos.
Só existe uma sombra triste em nossos olhos
E sobre nosso sorriso, uma máscara.
E você procura esperança no meu rosto
E vive a buscar música em minhas palavras,
Mas só o que há em mim é orvalho de tristeza.
Não há beijos sem despedidas
E nem há cartas sem um "a".
Minha desesperança está na mesma proporção de suas atitudes,
Minhas palavras são rudes, eu sei,
É que elas expressam meu sentimento de culpa.
Os meus gestos tentam abafar o passado,
Mas o passado me persegue e apaga o presente.
E cada atitude sua me traz de volta ao que vivemos,
Como assistir várias vezes a mesma peça teatral.
E cada ação que você não faz me diz o quanto tudo importa pra você;
Eu, com essa dor,
Você, chorando, me pede pra te dizer coisas boas...
Mas só te direi realmente o que sinto,
Não vai haver mentiras em minhas palavras.
Suas lágrimas não vão mudar meus gestos,
Pois você não quer entender o que sinto, o que digo,
Então... meu bem, adeus.
Meu bem, adeus..."
[Átila de Carvalho]

ps.: Bizzy, obrigado mesmo pelo seu último comentário. Conte comigo sempre que precisar.
Sempre.
Sereno na parte da tarde, e como em todas as vezes que isso acontece, algum blues em meu ouvido (hoje foi Howlin' Wolf. E por falar em blues, fico muito feliz em saber que meu amigo Ricardo Bluesman finalmente gravou o seu cd, e está fazendo um belo trabalho tocando ao ar livre, na Praça XV, centro do Rio, de segunda à sexta, das 4 da tarde às 7 da noite).
Apenas para não deixar isso aqui vazio, segue a letra de Meu bem, Adeus, de um outro amigo, Átila de Carvalho. A música, uma balada com clara influência de Roger Waters (o tema remete, em imediato, à One Of The Few, faixa 3 de The Final Cut, último trabalho de Waters com o Pink Floyd), faz parte do CD Na Língua dos Bárbaros, que já está gravado e aguarda apenas o resultado de negociações para ser lançado no mercado (há a possibilidade de sair pela Biscoito Fino).
Experimental, popular, jazzy e erudito, na medida certa, é questão de tempo até Átila, com suas ótimas letras e seus belos arranjos, receber o devido valor como um dos melhores e mais completos compositores da atualizade - sem exageros.
Meu bem, Adeus, uma breve amostra de Na Língua dos Bárbaros, você pode baixar aqui.
"Eu não tenho a resposta sobre o que causou essa dor,
Não tenho palavras pra aliviar nossa causa,
E nem toda sabedoria compreende nossas razões...
Nem o maior grito aliviará nossa tristeza.
Não há gestos solidários,
Nem palavras mansas.
Não há carícias sem lágrimas,
Abraços sem apertos.
Só existe uma sombra triste em nossos olhos
E sobre nosso sorriso, uma máscara.
E você procura esperança no meu rosto
E vive a buscar música em minhas palavras,
Mas só o que há em mim é orvalho de tristeza.
Não há beijos sem despedidas
E nem há cartas sem um "a".
Minha desesperança está na mesma proporção de suas atitudes,
Minhas palavras são rudes, eu sei,
É que elas expressam meu sentimento de culpa.
Os meus gestos tentam abafar o passado,
Mas o passado me persegue e apaga o presente.
E cada atitude sua me traz de volta ao que vivemos,
Como assistir várias vezes a mesma peça teatral.
E cada ação que você não faz me diz o quanto tudo importa pra você;
Eu, com essa dor,
Você, chorando, me pede pra te dizer coisas boas...
Mas só te direi realmente o que sinto,
Não vai haver mentiras em minhas palavras.
Suas lágrimas não vão mudar meus gestos,
Pois você não quer entender o que sinto, o que digo,
Então... meu bem, adeus.
Meu bem, adeus..."
[Átila de Carvalho]

ps.: Bizzy, obrigado mesmo pelo seu último comentário. Conte comigo sempre que precisar.
Sempre.
1 Comments:
At 6:13 PM,
Anônimo said…
Os meus gestos tentam abafar o passado,
Mas o passado me persegue e apaga o presente.
[...]
letra por mim já conhecida.
seus posts sempre batem comigo.
obrigada por tudo MESMO.
é ótimo te ter por perto apesar da distância.
;p
bom final de semana, amigo.
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