agora
Faz tanto tempo que recebi a notícia do noivado que, um dia desses, Karla já deve estar casada.
Seu noivo era um cara legal, até onde sei. Tomava o trem das 4 e 40 da manhã pra trabalhar sei lá onde, já havia sido militar, e essas coisas. Eles devem ter se dado bem.
Devem morar longe.
Se pensar um pouco mais, já devem até serem pais de uma criança gordinha, pequena, com um lindo sorriso, como o da mãe.
Alguma coisa tem que estar errado quando a jukebox do bar perto da sua casa toca Vento no Litoral e essa lhe parece a música mais triste que você poderia ouvir.
Um dia desses eu visitei a cidade onde fica o colégio no qual estudei. Impossível não lembrar de algumas histórias, de algumas pessoas.
Se eu cruzasse com a Jennifer em alguma daquelas ruas, será que ela ainda lembraria de mim?
Essa foi uma época engraçada, mas fugir de telefonemas, ao longo de duas semanas seguidas... definitivamente não é legal.
E sempre que falo em telefonemas, impossível não lembrar das ligações mudas em altas horas da madrugada (Algo tem que estar errado quando elas começam a deixar saudades....).
Há quantos dias o telefone não toca?
Jéssica hoje é moradora da V.M.
Outras, algumas outras, apenas outras. Sem grandes marcas, grandes histórias, nem ruins e nem boas.
Cervejas e cervejas. Quentes.
Nó na garganta.
Falta de alguém que nunca foi necessariamente presente. Não como gostaria que tivesse sido. E incrivelmente, falta da única que, em meio à tantas lembranças, significa algo.
Lágrimas invisíveis – não escorrem pelos olhos, não molham o rosto, e ninguém, nem eu e nem qualquer outra pessoa irá ver.
Meia hora. Tempo bastante:
Um;
Dois;
Três;
Quatro;
Cinco.
Uma hora dessas os comprimidos já começaram a fazer efeito.
Ouvindo:For Sure - American Football;
e isso não é literatura.
1 Comments:
At 4:37 PM, Anônimo said…
isso pq vc nao taba inspirado,hein?
te amo.força,sempre
beeijos
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