Até que eu me divirto!

mas que deixei de acreditar, isso eu deixei!

5.29.2006

[sem título aqui, por favor!]

Não sou o homem dos extremos. Quero dizer, não funciono bem nas épocas em que deixo envolver por sentimentos extremos. Não deixo pra lá, não relaxo, não esqueço. Não consigo nem mesmo escrever quando me sinto: a) feliz demais; b) ansioso demais; c) triste demais; d) demais demais, e por aí vai.

Bobo, inocente, infantil até. Quando o extremo é a felicidade, sou isso e mais que isso. Chato, e ainda mais que o de costume. E quando passa esse tempo, lá estou eu odiando tudo o que escrevi, com adjetivos que vão de “ridículo” à simplesmente “blargh” – se é que isso pode ser chamado de adjetivo, mas eu acho que sim, afinal, você entendeu, não?
Quase sinto vergonha, mas só quase, e apenas isso.

Batuque-com-a-ponta-dos-dedos, em mesa de bar ou onde quer que eu esteja. Mergulho em livros sem conseguir absorvê-los, pernas inquietas, ver que horas são a cada 10 segundos. Ansioso demais? Sou realmente nulo.

Alguns podem dizer – não sem um certo sadismo – que um pouco de tristeza até que me cai bem. E – OK! – mesmo eu concordo que estar um pouco mal é algo que me faz pensar e repensar, me faz ficar calado, evitando que fale bobagens, me faz até mesmo produzir mais e melhor. Repare porém na diferença que é estar um pouco triste – ausência de extremo – e estar triste demais. Em números, a diferença entre uma coisa e outra é de 4 comprimidos e meio de ansiolíticos, em plena noite de ano novo, e as posteriores 16 horas de sono profundo.


Quando o extremo é indefinível – é dúvida, é paz, é pressa, é medo, é nó no peito, ansiedade, é euforia e mais – passo meu tempo tentando disfarçar certos sorrisos sem graça, uma cor a mais no rosto, mãos trêmulas, desvios de olhar. Passo meu tempo tentando entender, querendo descobrir exatamente o que, e quando dizer. Passo meu tempo tentando me explicar.
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“Se eu não sei o nome do que sinto, não tem nome que domine o meu querer.”
[Moska]

5 Comments:

  • At 8:15 PM, Anonymous Anônimo said…

    Melhor uma tristeza normal, dessas que a gente não sabe de onde veio nem quando vai passar, que a ridícula obrigação de acordar diariamente feliz, como se a vida fosse um comercial de margarina, a la "oh happy days"... Acho que ultimamente a felicidade virou uma cobrança tão grande que por vezes é frustrante certa melancolia, tristeza, incerteza... Ah, mudando de assunto, gostei muito de snow patrol. Obrigada pela dica.

     
  • At 8:23 AM, Blogger amanda said…

    Acredite, pior é qaundo tudo isso passa, esses dsvios de olhares, a ansiedade, ver o relogio acada dez mintos, quando tudo isso passa você fica como eu que não sabe mais nem o que fazer...
    "e você vai ser mais feliz... longe de mim..."
    ai =/
    Um beijo pra você moço!
    Fique me paz e se conseguir me transmita um pouco disso ok?

     
  • At 3:58 PM, Anonymous Anônimo said…

    aaaaahhhhh
    eu sei!
    b) ansioso demais ³

    ;*

     
  • At 7:40 AM, Anonymous Anônimo said…

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