Até que eu me divirto!

mas que deixei de acreditar, isso eu deixei!

5.30.2006

[.]

Sem post por aqui hoje.
Basta dizer que a palestra com o Hermano Viana foi bem legal (devo postar mais sobre isso amanhã), e que tenho minhas razões pra estar sentindo uma felicidade (ridiculamente quase) adolescente.

Só pra não dizer que não tem novidades, saiu no Scream & Yell uma entrevista que fiz com meu amigo Anderson Raposo, vocalista do Jason.
Vejo vocês por aí!

5.29.2006

:-)

Esqueça o texto anterior. Ao menos a parte que diz respeito à "felicidade extrema"...
Não quero que isso passe!

[sem título aqui, por favor!]

Não sou o homem dos extremos. Quero dizer, não funciono bem nas épocas em que deixo envolver por sentimentos extremos. Não deixo pra lá, não relaxo, não esqueço. Não consigo nem mesmo escrever quando me sinto: a) feliz demais; b) ansioso demais; c) triste demais; d) demais demais, e por aí vai.

Bobo, inocente, infantil até. Quando o extremo é a felicidade, sou isso e mais que isso. Chato, e ainda mais que o de costume. E quando passa esse tempo, lá estou eu odiando tudo o que escrevi, com adjetivos que vão de “ridículo” à simplesmente “blargh” – se é que isso pode ser chamado de adjetivo, mas eu acho que sim, afinal, você entendeu, não?
Quase sinto vergonha, mas só quase, e apenas isso.

Batuque-com-a-ponta-dos-dedos, em mesa de bar ou onde quer que eu esteja. Mergulho em livros sem conseguir absorvê-los, pernas inquietas, ver que horas são a cada 10 segundos. Ansioso demais? Sou realmente nulo.

Alguns podem dizer – não sem um certo sadismo – que um pouco de tristeza até que me cai bem. E – OK! – mesmo eu concordo que estar um pouco mal é algo que me faz pensar e repensar, me faz ficar calado, evitando que fale bobagens, me faz até mesmo produzir mais e melhor. Repare porém na diferença que é estar um pouco triste – ausência de extremo – e estar triste demais. Em números, a diferença entre uma coisa e outra é de 4 comprimidos e meio de ansiolíticos, em plena noite de ano novo, e as posteriores 16 horas de sono profundo.


Quando o extremo é indefinível – é dúvida, é paz, é pressa, é medo, é nó no peito, ansiedade, é euforia e mais – passo meu tempo tentando disfarçar certos sorrisos sem graça, uma cor a mais no rosto, mãos trêmulas, desvios de olhar. Passo meu tempo tentando entender, querendo descobrir exatamente o que, e quando dizer. Passo meu tempo tentando me explicar.
........................






“Se eu não sei o nome do que sinto, não tem nome que domine o meu querer.”
[Moska]

5.27.2006

...

JW está longe, está em outra estação.

Definitivamente, essa foi uma semana estranha. Uma semana em que JW pode ver um dos casais de amigos mais duradouros que conhecia deixar de existir, reencontrou - via orkut mesmo - cerca de dez amizades sobre as quais não tinha notícia a bastante tempo (duas fazem duas faculdades ao mesmo tempo, uma virou mãe de família, tem um filho - uma criança linda de seus dois anos de idade - outro virou milico, e de cada um uma notícia, um destino diferente), desistiu, quis, quase desistiu outra vez e agora quer ainda mais do que antes, ouviu - de pessoas diferentes, diga-se de passagem - as afirmações "você continua o mesmo" (por causa de um comentário desdenhoso sobre pessoas que se encoleiram antes de terem a vida minimamente resolvida, e sua recusa de fazer a mesma coisa) apenas algumas horas antes de ouvir que tinha mudado pra melhor, foi do desânimo à esperança, percebeu que nada é definitivo (principalmente quando se tratam de "primeiras impressões"), acordou com um humor tão bom quanto as vezes esquece-se de que é capaz de sentir, e aí por diante.

JW nem mesmo sabe se volta aqui para atualizar isso aqui hoje.
Faltam algumas páginas para que ele acabe de ler "Os Vagabundos Iluminados", e logo em seguida ele pretende adiantar a leitura de alguns outros.

Photobucket - Video and Image Hosting
.............



Mas se tem uma coisa que JW não muda é a opinião de que Summerteeth, do Wilco, é um dos melhores discos que já ouviu na vida. Como é que alguém consegue por em seqüência Pieholden Suite, How To Fight Lonliness e Via Chicago?!
Sem palavras...

5.26.2006

how to say?

Sei que tem gente que não gosta quando eu posto letra de música por aqui, mas eu insisto em fazer isso de vez em quando. E sempre que eu faço, é por algum motivo, que não faria sentido ficar explicando.
Hoje, por exemplo, é dia da música do ano: Chasing Cars, do Snow Patrol, do álbum mais recente dos caras, Eyes Open. Cada audição dessa música me faz gostar ainda mais dela, e da letra então, nem se fala...

"We'll do it all
Everything
On our own

We don't need
Anything
Or anyone

If I lay here
If I just lay here
Would you lie with me and just forget the world?

I don't quite know
How to say
How I feel

Those three words
Are said too much
They're not enough

If I lay here
If I just lay here
Would you lie with me and just forget the world?

Forget what we're told
Before we get too old
Show me a garden that's bursting into life

Let's waste time
Chasing cars
Around our heads

I need your grace
To remind me
To find my own

If I lay here
If I just lay here
Would you lie with me and just forget the world?

Forget what we're told
Before we get too old
Show me a garden that's bursting into life

All that I am
All that I ever was
Is here in your perfect eyes, they're all I can see

I don't know where
Confused about how as well
Just know that these things will never change for us at all

If I lay here
If I just lay here
Would you lie with me and just forget the world?"

............
Photobucket - Video and Image Hosting
............

Leia o texto do Marcelo Costa, no S&Y, sobre Eyes Open, e depois - ou antes, como quiser - aproveite para baixar o disco.

5.25.2006

Fim dos Outros (ou "the times they are a-changin'")

Eles se conheceram em agosto de 2001. Uma festa, coisa e tal, três dias seguidos, “passa lá em casa?”, “me liga”, “te ligo”, “passo na sua casa amanhã”, começaram a namorar, ainda que não assumissem isso.

Por ser muito amigo dele, comecei a sair com a prima dela, uma, talvez duas semanas mais tarde.
Eles brigavam, terminavam todos os dias, sempre voltando no dia seguinte. Eu e a tal prima dela brigávamos a cada duas semanas. Em quatro meses, éramos passado – terminamos em definitivo (salvo raros flashbacks, o que não vem ao caso). Eles? Terminaram semana passada.

Não sou, nem de longe, a mesma pessoa de agosto de 2001 (e a expressão de estranhamento no rosto ao encontrar alguém que não me via desde aquela época é algo que só faz confirmar que, da recém falta de cabelo em ascensão ao gosto musical, muita coisa aconteceu por esses lados). E quanto a eles, todas as mudanças pareciam atingir aos dois de uma só vez. Todos caminhos que ela percorria pareciam, de alguma forma, serem escolhas dele. Todos as escolhas que ele tomava pareciam caminhos apontados por ela.

Um amigo inteligente, galinha, boêmio desregrado e sem chão - como um poeta romântico da segunda geração, em suas roupas pretas, e barbas, e porres e tudo mais - chegando à casa dos vinte, e uma menina, completando quinze anos, bonitinha, anti-social, vazia e de olhar baixo sem brilho – tão diferente e ao mesmo tempo tão ideal, a musa perfeita para ele - cresceram quanto pessoas, tornaram-se mais interessantes. Porém eram apenas um, uma unidade, e já não havia mais “ele”, ou “ela”. Eram eles, e isso bastava, para eles e para todos ao redor.

É estranho vê-lo agora querendo de volta um tempo que não foi perdido, convidando todos os seus antigos affairs para um chopp no fim de semana, como sempre fazia, até julho de 2001. Ou vê-la sozinha, com seu olhar triste, vazio, sem brilho, a tomar o mesmo trem que eu, ao meio dia, na Central do Brasil, e saber que lhe resta muito mal a amizade se sua prima – hoje quase casada com um cara com quem namora há bons três anos.

“Quem era eu há cinco anos?”. Sempre que desejava saber, ia até eles. Como uma pedra no quintal da sua casa, que assiste às mudanças de estação ao longo de anos, sem se mover um centímetro sequer, eles me conheceram, me viram mudar. Eram o ponto-de-referência, algo, talvez a única coisa, que existia quando eu ainda era inocentemente inconseqüente, sem as responsabilidades e os deveres a cumprir, e sem a noção de que tudo-volta-pra-você que só as quebradas de cara puderam trazer. E agora, a pedra se tornou poeira, o lugar de memória se foi, o norte perdeu o rumo.
Mais do que antes, não existem mais raízes, bases sólidas. Como cantou Bob Dylan, “os tempos estão mudando” e – Deus meu! – isso é incrível e terrível ao mesmo tempo!
............


Mas semana que vem eles reatam - isso se já não tiverem reatado -, e nada disso aqui vai fazer sentido outra vez.
............




E por falar em Bob Dylan, assisti ontem o No Direction Home, documentário sobre ele feito pelo Martin Scorsese. Rapaz, é coisa fina mesmo! Empolguei outra vez no trabalho do cara, e assim que puder, compro as Crônicas. Enquanto não posso, continuo ouvindo os quase trinta álbuns que tenho por aqui, e tentando completar a discografia, com seus mais de 60 discos - entre eles o álbum de duetos com o Van Morrison, que, apesar da qualidade de gravação de algumas músicas não ser lá grande coisa, é excelente!. Confere aí, vai...

5.24.2006

No orkut

O "Morrissey" tentou me adicionar em sua lista de amigos.
De onde surge esse tipo de gente?
...........

Por falar em orkut, a Nina catou uma comunidade velha e abandonada que se chamava "Eu leio os textos do JW" e transformou na deixei de acreditar. Dá uma passada lá depois.
............

E eu volto aqui ainda hoje.

5.23.2006

___

Sabe aqueles dias em que você não tem a mínima vontade de sair da cama?

Aula às 7, edição às 8, cerveja às 9 e 30, mais edição às 10... e tudo o que você quer é ficar lá, deitado, feito o vagabundo-maior-de-toda-a-história. É bem o que sinto hoje.

É quase como se tivesse tomado um porre de cachaça na noite anterior, só que sem o enjôo, sem a dor de cabeça, sem a cara inchada e... esqueça o porre! Não tem nada a ver com isso. (Eu poderia falar que é como se tuvesse tomado, sei lá, uns três comprimidos de novalgina, mas você não saberia como é. Acho que sou a única pessoa do mundo que fico grogue com essa merda de comprimido!)

Não é doença, não é tristeza, não é nada.
É desânimo. E dos grandes.

Odeio quando não posso satisfazer minha falta de vontade. E, pra piorar, chove lá fora.
Um filme, um café, um sorriso à minha frente. Acho que não é querer muito.
É?

5.22.2006

Bohemia

Chegou mais cedo no trabalho naquela terça-feira.

Deixou suas coisas sobre a mesa, pensou em descer.

Encontrou um amigo ("Algo ali fora? Duas garrafas, batata... daqui a pouco a gente volta!") e foi ao bar logo ali embaixo, logo ali em frente.
Enquanto papeava e saboreava cada mínimo gole de sua cerveja favorita ("Vale a pena pagar um pouco mais caro quando se quer beber algo realmente bom!"), ele a viu surgir por entre os carros e curvas. E quis pra si todas as curvas, quis levá-la de carro, fosse por onde fosse.

Era a mulher da sua vida. A mais interessante, a mais bonita, a mais mãe-de-meus-filhos, a mais essa-mulher-lá-em-casa-pra-sempre, a mais jantar-com-meus-pais, a mais férias-em-Fernando-de-Noronha, a mais encha-meu-copo-outra-vez, gole rápido, gole gelado, a mais-mais!

Pensou em segui-la, segurá-la pelo braço, perguntar seu nome, se apresentar.
Pensou em tanta coisa que pensou em coisas demais.

Por fim, sequer se moveu. Deixou-a ir, assim, sem esforço: não queria beber cerveja quente.

5.21.2006

- Então ta bom.
- O que ta bom?
- Sei lá, só sei que ta bom.
- Tem alguem falando contigo?
- Não, mas eu quero falar sozinho.
- Então tá. Adeus!


Scrap sem noção deixado pelo Átila há pouco no meu orkut. Depois eu é que sou maluco!
..........


Photobucket - Video and Image Hosting
Aniversário do Jorjão Pai.
Não é sempre que se faz 52 anos, e muito menos é sempre que se comemora aniversário batendo palmas sobre um bolo de pudim, feito com a receita extraída de uma revista vagabunda comprada no trem.
..........

Photobucket - Video and Image Hosting
Começou o circo.
Coroas e jovens sem perspectivas se pendurando em postes para enfeitar a rua para a Copa.
Como se isso fosse fazer alguma diferença no desempenho dos jogadores...
..........

Blábláblá... to feliz. E ponto.

5.20.2006

álbuns lançados em 2006

"Monica said: bora combinar que tu fala nuns caras q eu nunca ouvi falar...já tenho uma lista aqui pra desvendar."

Comentário da Mônica no post anterior.
OK! Combinado!
Justamente pensando nisso, criei um tópico numa comunidade do orkut chamada Indie Others, organizando os lançamentos de 2006 que encontro por aí pra baixar.
Já tem bastante coisa! Vai e confere! =]







5.19.2006

- Como é mesmo o nome daquele cara... Richard sei lá o que, que canta aquela música... sei lá o quê Symphony?
- Richard Ashcroft!
- Isso!
- Mas essa música é do Verve, a antiga banda dele! Rolou no Live 8, ele cantando e o Coldplay tocando.
- É, eu seu... eu chorei quando vi.

..........

Conversa rápida via msn, um dia desses, com a Carina.
Parece bobagem, mas se emocionar com o som do Ashcroft não é uma das coisas mais difíceis do mundo. No meu caso, o impacto maior se deu com músicas do álbum "Alone With Everybody", mas nos tempos de Verve, canções como "Drugs Don't Work" já haviam tocado incessantemente por aqui.
E é quando você pensa que o cara já fez o melhor que podia que é surpreendido com um dos melhores álbuns do ano, "Keys To The World" (to falando... 2006 tem sido um ótimo ano!).

Não é o lançamento mais recente rolando pela net, mas - dá licensa? - só baixei agora!
E aconselho: se vira aí e faça o mesmo. Vai por mim!

[ ]

"A sua lembrança me dói tanto
Eu canto pra ver
Se espanto esse mal
Mas só sei dizer
Um verso banal
Fala em você
Canta você
É sempre igual

Sobrou desse nosso desencontro
Um conto de amor
Sem ponto final
Retrato sem cor
Jogado aos meus pés
E saudades fúteis
Saudades frágeis
Meros papéis

Não sei se você ainda é a mesma
Ou se cortou os cabelos
Rasgou o que é meu
Se ainda tem saudades
E sofre como eu
Ou tudo já passou
Já tem um novo amor
Já me esqueceu"

..........


19 de maio. Seu aniversário, né?
21? Acho que sim. E que seja.
Feliz aniversário.

5.18.2006

"do you still love rock 'n' roll?"

Wilco (com música nova - "Is That the Thanks I Get?" - rolando pela net), Uncle Tupelo, Golden Smog, Minus 5 (com disco novo na praça), Loose Fur, e sabe-se lá mais quantas outras bandas contam ou já contaram com o comando ou com a participação de Jeff Tweedy.

Estranhamente, NENHUMA delas é, nem um pouco, aquém da média!
Volto a repetir o que já disse em tópicos passados que, se os anos de 1960 tiveram seus Dylans e McCartneys, hoje nós temos Tweedy. Ouso dizer que, se você me perguntar agora, entre Paul e Jeff (deixa o Bob fora disso), qual dos dois compositores mais me agrada, minha resposta vai ser clara e simples: "olha pra foto aí embaixo, vai!"

Photobucket - Video and Image Hosting

5.17.2006

pooooo!

No orkut:

"Sorte de Hoje: Seu destino mudou completamente hoje"

Tá bom, mas peraê, a parte do "Você nunca mais precisará se preocupar em ter uma renda estável" de alguns dias atrás ainda tá valendo,né?!

5.16.2006

Photobucket - Video and Image Hosting

Lembra dos livros que eu citei no tópico do dia 12? Pois é... vão ficar para depois.
Estavam em falta na Saraiva, e não quis encomendar, ter que esperar...
Fiquei quase uma hora andando de uma estande à outra, escolhendo, vendo qual seria mais interessante ler agora. Acabei trazendo Os Vagabundos Iluminados, do Kerouac (que disputou preferência com Sonhos de Bunker Hill, de John Fante, também autor de Pergunte ao Pó - que estava em falta -, sempre muito elogiado por minha amiga Daniela Freitas), Disparos do Front da Cultura Pop, do Tony Parsons (o único que estava nos meus planos, a princípio) e a biografia do Capote escrita pelo Gerald Clarke, que, por pouco, não deu lugar aos Diários de Jack Kerouac - 1947 - 1954.


É tanta coisa pra ler, e tantos outros livros na fila, que fico até sem saber por onde começar.

Para piorar, o Marcelo Costa postou na comunidade do S&Y uma lista com os discos lançados em 2006, e percebi que não ouvi direito nem a metade deles...
É por isso que eu digo que precisava de um dia com 30, 40 horas!
Entre os que ouvi, meu favorito no momento é Love Travels At Illegal Speeds, do Grahan Coxon, que chegou desbancando os ótimos Eyes Open, do Snow Patrol, e Riot City Blues, do Primal Scream.

Vou ali na cozinha fazer alguma das receitas de bolo de uma revista tosca que encontrei aqui!

Ah! Não precisa comentar mais não, tá? Eu sei que você - isso! você! - tá lendo isso aqui agora, só na encolha...

5.14.2006

[pausa]

Fica difícil saber se tem alguém lendo isso aqui quando ninguém comenta!
CUSTA DEIXAR UM COMENTÁRIO BREVE?
Me recuso a atualizar enquanto não houverem comentários novos!


Blagh, na verdade isso é só pra enrolar. tenho milhares de textospra fazer pra essa semana, então o blog volta para o segundo plano.
O que não torna seu comentário menos importante.

ENTENDEU?
É pra COMENTAR!

5.13.2006

"não se esqueça depressa de mim, sim?"

"Não me leve a mal
Me leve à toa pela última vez
A um quiosque, ao planetário,
Ao cais do porto, ao paço

O meu coração, meu coração,
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão,
Outros passarão.
Eu passo...

Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça;
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense como eu vim de leve,
Machuquei você de leve,
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve

Não me leve a mal
Me leve apenas para andar por aí
Na lagoa, no cemitério
Na areia, no mormaço

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense como eu vim de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo."
..........

Letra de Leve, faixa 10 de Carioca, novo disco do Chico Buarque.
Esse é um daqueles cds para ouvir com calma, sentir a profundidade de cada palavra...
Coisas belíssimas, como essa por exemplo, em apenas 37 minutos de duração.
Photobucket - Video and Image Hosting

Nem vou falar muito sobre esse disco agora. Espere pouco mais que uma semana e leia o texto que vai sair no Scream & Yell, sem ser nessa segunda, na outra! =]

Confesso: escrever sobre Chico... to com medo da responsabilidade! Mas dane-se! Aceito o desafio!

E só para não falarem que eu não sou legal... baixe Carioca aqui, e, de quebra, Meus Caros Amigos aqui (lembrando que estou só repassando os links. não fui eu quem upei nenhum dos dois).

5.12.2006

dúvida...

Consegui cenzinho nesse fim de semana (limpo, antes que perguntem! tudo que precisei fazer foi enrolar meia dúzia de motociclistas - Hells Angels que nada! nem em versão ultra-light-baby-one eles chegariam perto disso - e arrumar umas banda pra tocar num evento deles) e antes que eu acabe gastando isso com qualquer bobagem, estou nesse momento no site da Saraiva verificando preço de alguns livros que me interessam.

Como coloquei na cabeça que vou montar um arquivo de new journalism aqui, só que até o momento só tenho Hunter Thompson. Então preciso urgentemente de algo de Tom Wolfe e Gay Talese, e, assim que der, Norman Mailer e, óbvio, Truman Capote. Só pra começar. E sem contar outros livros que me interessam, alguns deles já citados por aqui (coleção do Hornby, Kafka quadrinizado - nem sei se essa palavra existe - etc).

Fazendo um (grande) esforço para não comprar Rum (vou esperar um pouco mais para comprar alguma outra coisa do Hunter), ou algo do Nick Hornby, minha dúvida é a sobre qual a combinação ideal:
a) O Reino e o Poder + Teste do Ácido do Refresco Elétrico (Talese e Wolfe, R$61 e R$48,50, respectivamente);
b) Fama e Anonimato + Teste do Ácido do Refresco Elétrico (novamente Talese e Wolfe, R$56 e R$48,50);
c) O Reino e o Poder + Fama e Anonimato (R$61 e R$56);
d) Fama e Anonimato + Disparos no Front da Cultura Pop (Talese e Tony Parsons, R$61 e R$39);
e) O Reino e o Poder + Disparos no Front da Cultura Pop (idem, R$56 e R$39).

Eu disse que ganhei 100 pratas, o que excuiría algumas opções. Mas OK! Eu quebro o porquinho pra quitar a difrença.

Quer saber? O mais provável é que eu fique com os livros da opção b e deixe os outros pra depois.
Aliás... você não conhece nenhum motoclube que precise de ajuda não?

5.11.2006

de mal gosto

Mesa quase-redonda, jornalista ao meio, convidados em volta. Médico, cantor, ator, faz-tudo e sei lá mais quem. Um deles, agora sem a barba que já lhe é tão característica, é quem está com a palavra.

- No sítio a gente fica o dia todo tocando e compondo. Quando não sai nada, para, joga ping-pong, dá um mergulho na piscina, e daqui a pouco tá tudo fluindo bem outra vez.
(...)
- Ah, prefiro sim! Prefiro assim. Do estúdio pra casa é outra história, com o espiritual fluindo de outra forma, para outro lugar, outras possibilidades. Essa tensão da cidade, do cotidiano... ah, não dá não!

O cantor se dirige ao ator ao seu lado, Leonardo Vieira, do motorista-soca-ator-na-porta-do-estúdio-da-Record, do “ai meu olho, cara!”, mau ator apanhando de algum playboy doidão:

- Imagino você, sair daquele estado de catarse, aquele momento de desligamento de si mesmo para incorporar outro... e levar um soco de um motorista irresponsável, bem ali, na porta do estúdio.
- Putz! Nem me fale! – exclama o ator – Se bem que... – e nesse momento é como se lembrasse de uma velha piadinha maldosa – levar um soco não é bom em lugar algum! – e esconde o sorriso sarcástico.

O tímido cantor percebe, faz-que-não, arruma os papéis em suas mãos, pigarreia, ajeita o violão em seu colo.

- Ah! Tenha certeza que não!
E é como se, ao menos agora, todos, do Doutor Fulano ao Evandro Mesquita, tivessem entendido a piada. Todos, todos gargalham.

O cantor? Marcelo Camelo.
Sem Censura, 10 de maio de 2005, 5 e 40 da tarde.
............


Rolou um convite hoje para assistir uma palestra com o Hermano Viana, no campus Tom Jobim da Universidade Estácio de Sá, à 1 da tarde do próximo dia 30, com direito a ser apresentado ao antropólogo no final da palestra. Me parece que ele está inaugurando um site que trabalha com sistema de colaborações etc, que deve até ser interessante.
Em pensar que há uns anos atrás eu estava apresentando um seminário sobre um texto antigo dele, sobre funk carioca, deixando a pobre Bianca Sei-Lá-Quem (você não quer que eu lembre o sobrenome dela, quer?), professora de Cultura Brasileira, chocada ao ouvir alguns proibidões especialmente escolhidos para a ocasião...
............

blablabla
the “Priest” they called him - emprestado - acaba de “tocar” por aqui.
William S. Burroughs declamando ao som de uma guitarra barulhenta, suja e irritante gravada por Kurt Cobain é, no mínimo, curioso!
............
Ah! Sabe o tal "calote" citado no post nonsense do dia 6?
Pois é... descobri ontem que não fui o único que saiu sem pagar. Na verdade TODOS os meus amigos saíram sem pagar!
Não volto ao tal bar tão cedo!

5.09.2006

O Primeiro Fim

No ano em que os Beatles acabaram, meu pai ainda devia se divertir vendo meus proto-irmãos descendo esgoto abaixo depois de uma partida de cinco-contra-um;

Quando Moz e Marr puseram fim à banda que trouxera as guitarras de volta ao rock inglês, eu devia estar acabando de aprender a amarrar os cadarços do meu estranho par de All Star, cano-quase-longo-com-combinação-esquisita-de-cores;

No fim de maio de 1997, quando um certo Jeff Buckley, então com 30 anos de idade, quis, mesmo bêbado, dar uma nadadinha no rio Mississipi, cantando "Whota Lotta Love" e acabou morrendo afogado, eu estava mais preocupado em tacar bolinhas de papel e pedaços de giz na cabeça de outras pessoas da minha turma de sétima série do que com música – que passou a necessariamente fazer parte da minha vida alguns meses depois (Jeff Buckley porém demorou mais alguns anos até ser descoberto por meus até então pobres ouvidos).

Faço um esforço pra lembrar de alguém, mas não adianta: não vi a carreira de nenhuma banda ou artista da minha lista de favoritos chegar ao fim, seja lá por que razão. Ao menos não que me lembre. E talvez tenha sido por isso que o anúncio do suposto término do Violins tinha me deixado tão chateado. O Primeiro Fim, baby. Simples e triste como quando a primeira namorada dá o último beijo, sorri, ajeita os cabelos, se vira e vai embora, e o garoto fica lá, parado, estático, sem saber o que fazer, o que dizer, o que gritar, e pensando se apenas as fotos - ou, nesse caso, os discos já gravados - vão ser suficientes para acalmá-lo cada vez que a saudade apertar.
Hoje porém, três dias após a notícia do desmantelamento da Maior Banda Brasileira dos Últimos Tempos, recebo a feliz informação de que tudo não passou de um susto, e que o baterista Pierre Alcanfôr desistiu de cair fora, e que o Léo pode não voltar, e que se dane isso, porque to pouco ligando para o fato de que eles vão ou não ter 2, 5 ou 20 guitarras, desde que a banda não acabe e eu um dia possa assisti-los ao vivo!

Agora só falta algum agitador aqui do Rio tomar vergonha na cara, e marcar L.O.G.O. um show do Violins por esses lados, antes que algum outro susto desses aconteça e não seja algo passível de ser revertido.
..........



Obs.: JW sente certa vergonha de dizer, mas sim, ficou bem chateado quando, no auge de sua época pseudo-metal, soube que 3 membros de uma de suas então bandas favoritas haviam abandonado o barco. Sente tanta vergonha que se recusa a dizer o nome da tal banda.

ps.: Se você souber que banda é essa, por favor, guarde a informação pra si mesmo.

5.08.2006

ah, é?

No Orkut:
"Sorte de hoje: Você nunca mais precisará se preocupar em ter uma renda estável."

Vou virar hippie!

5.07.2006

celibato?

- Cara, seja discreto...
- Quê?
- Pô, você tá secando a namorada do _______!
- Viaja não, rapaz!
- Claro que tá! Já saquei há tempos!
- E por que estaria?
- Ah, sei lá... vai ver tá afim de um revival, ué!
- Cara, na boa, NÃO viaja! É passado. Hoje em dia “eu não acredito em relacionamentos. As pessoas são muito cruéis”.
- Já ouvi isso em algum lugar.
- Talvez. É do Morrissey. Tô que nem ele agora.
- Virou viado?
- HA-HA-HA! Babaca.
- Você quem disse!
- Esquece o Moz. Tô mais pra River Cuomos.
- Ah, tá! Não cuomes ninguém, né?
- É. É bem por aí.
..........

Photobucket - Video and Image Hosting
Pequena Reunião de Velhos Amigos, ontem.
Uma pena que ninguém lembrou de tirar uma foto com todos que apareceram por lá. Ao menos essa a gente conseguiu, e aí estão: Átila "Kabbal" de Carvalho (ou um pedaço dele), eu, Marquinho e Thiago "Eré".

5.06.2006

reencontro

Etílico na cabeça;.
Nada do que eu disser aqui, nesse momento, vai ter lá muito sentido...

A mulher do próximo, com o próxino relativamente próximo não é lá uma idéia muito boa!

Soluços... muitos soluços... um restaurante inteiro olhando pra mim, na saída do banheiro, por cauisa dos sons que meu estômago me fez emitir...

PUNK, Neguinho!

Calote em velhos amigos provam que os velhos tempos estão sempre à espreita!
Where is my pills?
Eu não paro de soluçar, e é tudo culpa das porções de salaminho (as quais não paguei nenhuma! meus custos da noite se resumiram à passagem e à tensão de ir embora sem ser visto pelas pessoas com as quais dividiria a conta...)
E EU NÃO PARO DE SOLUÇAR, cacete!
Amanhã tem churrasco, às 13 horas. Aniversário de uma amiga gostosa ultra legal, ou ultra gostosa legal, sei lá... e no fundo, TANTO FAZ a ordem.
É big, é big, é big! Rá-ti-bum!

Vou ali no banheiro, e só volto quando estiver sóbrio!
Que história é essa de que a Violins ACABOU?
É sacanagem, não?

5.04.2006

Amendoim

- Ah! Rê, sabe quem esteve lá em casa um dia desses? O Mongol!
- Putz...
- É... quando começa a falar...
- É quase pior que você! Não consegue parar.
- Como assim “quase pior que eu”? Eu pelo menos FALO, oras! Ele balbucia!
- E não deixa a gente entrar.
- Não vai embora de jeito nenhum!
- É mesmo!

(risos)

- Mas o pior eu não contei ainda...
- Hãn? Que que foi?
- O Chicão, meu cachorro, forçou o portão pra sair. Passou bem do lado dele pra ir pra rua...
- Puuutz! E o Mongol?
- Hahaha, travou! Ficou imóvel, gelado!
- Mas seu cachorro é o mais bobão que eu já vi!
- Pois é.
- Se bem que com aquela fobia do Eduardo... tem medo de qualquer animal, né? E o Chicão é bobo, mas é grande...
- Então, o mais engraçado assim que o cachorro passou. O Mongol olha pra mim quase tremendo, consegue desgrudar a mão do guidão da bicicleta e diz “é... até que eu to melhorando!”.
- Puuuutz, imagino a cena!
- Se bem que você não pode falar nada! Seu namorado tem fobia de PORCO!
- E você é muito normal, né?
- Muito não, mas... cacete! Minha pressão não abaixa quando eu VEJO um porco vivo!
- Wagner, cai na real! Você andava de lado, se escondia atrás de poste e abria jornal na frente da cara pra fugir daquela garota maluca lá! Vai dizer que isso não é fobia?!
- Porra, Rê! Precisava lembrar disso?
- Ah lá, tá até tremendo!
- Muda de assunto!
- Tá bom.
- Valeu.

(...)

- Será como que faz paçoca?
- Sei lá.
- Tá bom.
- Tá.

"É... é bem por aí mesmo..."

1 - 1984, George Orwell;

2 - A Sangue Frio, Truman Capote;

3 - Clube dos Corações Solitários, André Takeda;

4 - Alta Fidelidade, Nick Hornby;

5 - On The Road, Jack Kerouac.


Pronto! Depois da afirmação do Melamed citada no tópico anterior, que muito me fez bater a cabeça na parede, tá aí minha lista dos 5 livros que, de alguma forma, mudaram alguma coisa na minha vida. Nada de Ordem de Importância, mas, se bem me lembro, na seqüência cronológica em que os li.
É claro que tive que sacrificar algumas opções. Falta Hunter. Falta o outro sucessão do Orwell. Falta Huxley e falta Verne. Falta Álvarez. NÃO falta mais ninguém.

Sei lá, viu...

De alguma forma, esses aí foram os responsáveis por: a) me deixar neurótico; b) por me fazer reapaixonar pelo jornalismo e vislumbrar outras possibilidades dentro dessa área; c) me fazer acreditar que minha vida poderia ter sido escrita por algum autor de literatura pop; d) me deixar com a péssima e viciante mania de listas, além de confirmar o tópico anterior; e) me fazer sentir vontade - infelizmente, apenas vontade - de esquecer qualquer outra coisa, jogar tudo pro alto e testar minha vocação para vagabundo estradeiro.
..........

Isso aqui foi mesmo pra cumprir tabela...
E sobre os "Planos pra semana", citatos há uns dias, agora além da metade do tópico nº2 (comprar o livro do Greil Marcus eu já fiz, falta terminar de ler), resolvi também metade do tópico nº3 (apresentei o seminário, e até acho que fui bem, mas a nota não sai de imediato). Desconsiderando que o tópico 5 saiu dos planos (não-to-mais-afim-de-ver-filme-não!), como seria se eu conseguisse realizar metade dos demais planos? Ou melhor, como seria se eu realizasse metade do tópico nº4? Bromoxon 3 mg?

Dúvidas... dúvidas...

Eu volto nisso aqui hoje! Prometo que volto!

5.02.2006

renovando a lista

Consegui fazer metade do tópico nº 2 dos meus planos para essa semana: comprei A Última Transmissão, do Greil Marcus. Como ainda mal comecei a ler, não tenho ainda uma opinião formada sobre ele.
Vou aproveitar porém para renovar a minha inútil wishlist (inútil porque eu sei que ninguém vai gastar seu dinheirinho comprando livros pra me dar de presente, não importa o quanto eu gostaria que vocês o fizessem! heheh).
Mesmo sem qualquer ordem de prioridade, listo abaixo os 5, quer dizer, 5 não, que isso é muito clichê! Listo agora os (só-de-sacanagem) 8 livros que pretendo comprar assim que tiver um $$ em mãos, seguidos dos nomes de seus respectivos autores:

1 - A Metamorfose, de Franz Kafka, na versão em quadrinhos adaptada por Peter Kuper;

2 - Blues, Robert Crumb;

3 - Rum - Diário de um Jornalista Bêbado, Hunter Thompson;

4 - Disparos do Front da Cultura Pop, Tony Parsons;

5 - O Blog de Bagdá, de Salam Pax.

6 - Como ser legal, Nick Hornby;

7 - Fama e Anonimato, Gay Talese;

8 - Maus - A História de um Sobrevivente, Art Spiegelman.
.........

Com mais tempo e paciência, faria uma lista ainda maior. Mas deixa pra outra hora.
.........

Ah! Outro dia vi o Melamed falando, provavelmente citando alguém, não me lembro ao certo, algo que dizia respeito a "ler cinco livros e mudar sua vida". Estava com sono e viajando naquele programa dele, então não lembro se foi exatamente isso que ele disse. Em todo caso, tenho pensado em quais seriam os livros que fariam parte da minha lista de "livros que mudaram minha vida", mas exceto por uns dois títulos, não consigo chegar a uma decisão definitiva! Se conseguir, escrevo por aqui.
Mas e você? Quais os livros que surtiram impacto sobre sua história de modo que você poderia dizer que mudaram sua vida? Falaê, filho!

5.01.2006

Planos pra semana:

1 - Conseguir tirar meu pré-projeto do ponto morto;

2 - Comprar e ler (nada mais óbvio...) A Última Transmissão, do Greil Marcus (tá baratinho na Saraiva, se alguém quiser me fazer uma doação antes que eu o compre...);

3 - Tirar a nota máxima no seminário sobre Thompson, sendo que o cara que faz dupla comigo sequer se deu ao trabalho de ler A Grande Caçada aos Turabões... (nada mais prático portanto que enrolar a turma exibindo trechos de Medo e Delírio);

4 - Bromoxon 6mg;

5 - Ir à maratona do Odeon na sexta;

6 - Largar de preguiça e começar a escrever coisas menos irrelevantes (se é que é possível) para esse blog.
.........


Em tempos, visitem o blog M12-A, feito por alguns amigos que estão morando juntos em Campinas, onde eles relatam suas experiências homoeróticas e demais surubas cotidianas.
.........

Ah! 7 e 8: Escrever sobre os cds solos do John Frusciante e conseguir o máximo possível de álbuns dos milhares de projetos do Patton (é, o efeito ainda não passou!).
.........

E no winamp...
Diretamente da Suécia, a bela Someone New, do Eskobar, com participação de Heather Nova.
Vale o download (se não acharem e se interessarem, peçam aí que eu passo pro turboupload).